sábado, 6 de dezembro de 2008

Nevoeiro

Que o império caia
E as caravelas partam
Bem longe do Horizonte
Em busca do Encoberto.
Tragam o único que nos pode
Salvar desta escuridão,
Aquele que ficou por lá
E não voltou…

11 comentários:

  1. É inacreditável que em pleno séc XXI, uma nação inteira aguarde pacientemente por um salvador.

    É o que este poema me diz.
    Mas posso estar enganado.
    Pela minha sanidade, é bom que esteja.

    um abraço

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  2. Será o Encoberto um salvador exterior a nós ou a salvação, a saúde, que em nós trazemos oculta e esquecida? Será a saudade de algo ou alguém a não ser de nós mesmos, ou melhor, da nossa natureza encoberta, presente-ausente em nós, livre de nós?

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  3. Sim, livre dos "nós" que nós somos, atados a nós mesmos, asidos, como se diz em bom português e castelhano...

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  4. "Ficou por lá / E não voltou..." ou deixámos de o poder ver?

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  5. concordo com o Vergílio!

    e acrescento: nós somos salvadores de nós próprios, pelo nosso livre-arbítrio, orientado na senda do Bem.

    ...e falta a MºConceição vir aqui pronunciar-se :)

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  6. ficou por lá e se calhar não o quisemos ver, se calhar por ser "panilas"

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  7. O livre-arbítrio!? Haverá maior nó do que esse, sobretudo quando se prende a si próprio?

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  8. preso a si próprio, significa o quê, interrogatuivo? sem rumo? ignorante? explique lá então... :)

    asas

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  9. interrogativo (rectifico)

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  10. Podemos encarar de diversas maneiras, mas a que mais me inspira é a de que nunca chegou a partir.

    No subconsciente da humanidade existe sempre um "messias" que há-de chegar. Eis que devemos dizer que o que urge é fazer esse nevoeiro partir para que a visão humana possa ver além das sombras e da neblina.

    Parte, parte para longe e faz regressar em nós um sol de esperança.

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