domingo, 14 de dezembro de 2008

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De joelhos. É um já!
Inclina-te. É um sempre!
Venera a inimaginável vida. É tudo.

24 comentários:

  1. " Y.A.: Vous voulez ajouter quelque chose?
    M.D.:je ne sais pas ajouter.Je sais seulement créer. Seulement ça."

    Marguerite Duras

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  2. Agradabilíssima surpresa!
    Um haiku matinal, em português, com sábio e subtilmente simples sentir português, sem aquele “cheiro” habitual a importação zen sem haver genuína vivência zen, com a pobre, costumeira e respectiva epigonia barata, e que normalmente sempre fica abaixo do pior dos cultores deste tão simplesmente belo modo japonês de ser poesia.
    Grato, Luiza!

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  3. A cada vez mais súbita,
    A cada vez mais breve,
    E ...cada vez mais vera!

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  4. "George - [...] Mas se a nossa civilização foi uma decorrência do monoteísmo que opôs o espírito à natureza material, a pessoa à coisa, criando esse enorme deserto da existência, pergunto: como fazer reverdecer e florescer as vertentes polimórficas da Vida?"

    - Vicente Ferreira da Silva, "Diálogo do Mar", in "Dialéctica das Consciências e outros ensaios", p.514.

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  5. De joelhos. Para agradecer.
    Inclinada. Para ler!
    Prometo, Vénus amiga, esperar a inimaginável Vida. É ainda pouco, eu sei...

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  6. Porque venerar o que se é?

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  7. Cara Luiza Dunas,

    Este seu belo poema recorda-me um aforismo, que anotei há dias numa livraria de Lisboa:

    "Venera apenas o que não sabes"

    - Frederico Gaspar, "Jamais", Coimbra, Edições do Espanto, 1998, p.57.

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  8. "George - Justamente foi essa a impressão de fundo que me acompanhou o dia inteiro, e ainda me acompanha: a estranheza de ter pés, mãos, olhos, nariz, esse conjunto de formas e formações injustificadas em sua totalidade. Qual a diferença entre ser como sou, um homem, ou um polvo, ou um monstro qualquer? Sentia-me perambulando pelas ruas, como uma forma atrabiliária e atípica, um ser submarino a mover-se no aquário translúcido do mundo"

    - "Diálogo do Espanto", in "Dialéctica das Consciências e outros ensaios", p.530.

    Como somos a inimaginável vida! Mais "estranha forma de vida" que a cantada por Amália é esta, estarmos aqui, andarmos aqui, haver mundo e sobretudo sermos assim, com um modo, uma forma, que não recordamos haver pedido, encomendado, concebido ou criado! Isto é terrível, isto é terrível, isto é terrível! Poder-se-ia talvez venerar a Vida sem forma, nem modo. Esta só se pode estranhar!

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  9. Caro Long,


    o Casto Severo já explicou isso que pergunta lá atrás. E até deixou uma bela indicação para se pensar.

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  10. O senso comum, junto com todos os religiosos, filósofos, artistas, políticos, moralistas, etc., saturaram tanto a vida de sentidos que a converteram em tudo menos inimaginável.

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  11. Luísa, saúdo a pujança! Temo não ter joelhos para este chão ou não haver chão para os joelhos.

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  12. Certo, Boa Memória! Adoraria ver esse trabalho desenvolvido por ti, aqui, na Serpente Emplumada... a "via para a sabedoria" onde Casto Severo citava que "Não somos mais do que uma bolha de ar"...

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  13. Caro Anónimo,

    Boa Memória sabe. Casto Severo também... tens que ler o que ele por aqui publicou, nomeadamente, em Março ...

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  14. De joelhos é um já!
    Belissimo.

    Beijos

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  15. Ajoelhou! Tem que rezar...

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  16. Prometo reflectir sobre tão interessante matéria, sobre tão pertinente temática. A matéria em discussão encontra-se, de facto, como diz a Interessada, no arquivo da Serpente publicada pelo caríssimo Casto Severo, o nosso intelectual enfeitiçado por Eros.

    P.S. Como sou boa memória, Interessada, não te direi quando…

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  17. "J'ai voulu dire
    que vous aimais.
    Le crier.
    C'est tout."

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  18. « Tens um revólver no bolso, ou estás apenas contente por me ver?»

    Mae West

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  19. (.../)

    "E é Sofia agora que, ajoelhada, presta culto ao adamantino pilar do mundo, acolhendo-o e sorvendo-o para o íntimo de si mesma, levando a serpente ígnea que lhe brota nas entranhas a rodopiar na língua que enlouquecida peregrina pela sua turgidez vibrante e incandescente.” ( Paulo Borges, in Línguas de Fogo)

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  20. (.../)

    "E é Sofia agora que, ajoelhada, presta culto ao adamantino pilar do mundo, acolhendo-o e sorvendo-o para o íntimo de si mesma, levando a serpente ígnea que lhe brota nas entranhas a rodopiar na língua que enlouquecida peregrina pela sua turgidez vibrante e incandescente.” ( Paulo Borges, in Línguas de Fogo)

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  21. Feliz Aniversário, Serpente Emplumada !

    Longa vida.

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