A Saudade é o tempo da eternidade. É flor sem chão. Cresce do céu, das águas primevas, da silente névoa. A sua fala é o verbo escuro do rio que passou além do tempo, e é já sombra ao contrário. Fulgurante essa água de dentro! Água tristeza, água mágoa, amor de canto, de dor e de vento. A Saudade não tem corpo e o jardim que toca, não é da terra nem do mar, e tem o sabor futuro de uma memória antiquíssima de ser.
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