domingo, 28 de setembro de 2008

Terra Nostra

Como bem lembrado pelo Paulo Borges:
"Quem encontramos é o mesmo que buscava, o labirinto é a própria busca antes que a Saudade, de súbito, a faça reverter para o lar da nossa perpétua infância. Aí vemos que o esquecimento não triunfou, que o Instante onde enraizamos corre imóvel sob o seu reflexo tornado criatura a que chamamos Tempo. A segunda vez, o re-conhecimento que a Saudade manifesta é a verdadeira primeira vez, terra de nascimento e não túmulo. Com profunda justiça foi que Pascoaes lhe chamou Criação..."
Eduardo Lourenço, Tempo e Poesia
"O verdadeiro nascimento e a verdadeira criação: reconhecimento no que Insta, no que In-sta, no sempiternamente que não se sedimenta no estar, no ex-istir!"

"Portugal só plenamente será quando perceber que a viagem contada nos Lusíadas é a Ilha dos Amores onde divino e humano darão filhos que, sendo, não existam."
Agostinho da Silva

"O corpo sem alma já não é sacrificado.
O dia da morte se transforma em dia do renascimento.
O espírito divino faz a alma feliz quando se vê a Palavra em sua eternidade."
Nostradamus

4 comentários:

  1. questionei atrás sobre a palavra:
    -desde quando existe
    -para que serve
    -é possível viver sem ela?
    encontro parte da resposta em Eduardo Lourenço:

    "a palavra na sua função de designar o mundo para o converter em mundo criado por ela"

    não será esta a função demiurgica da palavra?

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  2. suponho que sim, convém é que seja ela a converter-se a ele, e não ele a ela...

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  3. ou melhor até, que ambos se convertam mutuamente ;))

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  4. por... e sempre a mesma história... serem Um mesmo.

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