segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Abertamente

Pergunto-me, e este é o meu descanso.
Relativa esta acalmia...
há dias no meu ser.
E pensar, ou ler...
Este estar, este ver.
Sentir? Porque não?
Serena... mais leve...
Tenho a pena na mão.
Ao escrever, acorda
o vento do agora...
de nunca querer acreditar.

VT


12 comentários:

  1. É mesmo incrível... não é que agora cada vez que olho a rua, que olho o céu, parece-me coisa impossível - e durante anos, senão sempre, mal o via.

    Serei só eu?

    E suspeito que só partindo deste estado constante de espanto perante o que ali está se pode começar a ver e a mudar (a seguir a mudança...) do mundo.

    Isto tudo por:
    "de nunca querer acreditar."
    mas acho que é mais um querer sem querer... sei lá... se sou cada vez mais cá. :P

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  2. Vergílio,

    A pedra da montanha, a pedra lisa do rio, a escarpa agreste do mar; a areia fina do deserto... Configurações
    do tempo, pesadas pegadas do tempo. Leve é o pensamento delas,levado na pluma da escrita e que sobrepõe a realidade a outra que não está lá nem deixa de estar. è mais longe, é mais não ser, sendo, Transfigura as paisagens, molda a forma e o fundo da ilusão. A escrita leva-nos num traço que a caneta não escreve. Leva-nos a fundura das palavras, o seu barro moldável, a nossa impotência pura. Algumas são a sua mesma fisicidade, o seu peso. E se dizemos "pedra de lua", qualquer coisa se estranha em nós e não é só o objecto que imaginamos, que aparece na mente, é antes a viagem pelo som, o contraste marcante, a diferença de peso e de luz, mas é sempre mais do que isso. "Pedra de lua", não é pois, uma "lua de pedra". Isso remeteria para outro caminho, outra imagem, outra realidade. Relativa é, pois, toda a acalmia, quando as palavras parecem possuir-nos.

    Um beijo:)

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  3. Esta também é Triássica???

    :)
    ;)

    É tão lindo!
    Eu nem vou tentar adivinhar onde fica este sítio... mas se tentasse... dizia que era mais a norte...

    ;)

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  4. A formação é de idade carbónica...
    Depois, Pérmico e em seguida... Triássico e abertura do oceano Atlântico...

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  5. Meu Deus!!!
    como Sereia* devia estar mais dentro destes assuntos... muito pouco atenta à evolução do nosso querido planeta.

    ahahhahah
    Não faz mal, o Neptuno perdoa-me
    :)
    eh eh

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  6. um folhado geológico?

    diversão dos deuses?

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  7. Amigo Platero,

    Diversão do Deus Plutão, ou o Deus das profundezas, denominado, ou melhor, denominada, energia interna da Terra, que ao longo de milhões de anos, (porque em geologia a unidade de tempo é um milhão de anos (por curiosidade corresponde a 10.000 séculos), foi dobrando em profundidade estas camadas formadas há pelo menos 300 milhões de anos.

    Muito tempo. Atendendo que o Homem com espécie terminal não mais tem que dois ou mesmo três milhões de anos, evolutivamente falando.

    A Terra, como corpo celeste individualizado terá (estudos diversos o apontam) na ordem de 3600 mil milhões de anos! Um terço da vida do universo pós-big bang (se esta teoria não der uma grande cambalhota...:)!

    Seremos nós a diversão dos Deuses?
    Ou... o contrário...

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  8. Saudade,

    Obrigado pelas tuas palavras.
    No início dão-nos a sensação de leve brisa passageira no meio de um deserto...

    Foi a visão que senti, entre outras...

    E, quando as palavras parecem possuir-nos, nós chamamo-las de acalmia, relativa, já que nos envolvem com outras formas e sensibilidades na partilha de uma ideia, pensamento, visão... Estava a falar das tuas palavras... :)

    Um beijo Saudade,
    melhor... muitos beijos à "saudade", que é o que vai na alma neste preciso momento.

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  9. caro Vergílio

    grato pela explicação científica do parto. Milhões de anos? E eu a julgar, por criacionistas como a respeitável senhora candidata a vice dos states, que a nossa bolinha (de golf? futebol? escaravelho?) não tinha mais do que 6.000 anos!

    mesmo assim, quem fez o trabalho caprichou.

    um abraço para agrdecer

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  10. Platero, essa foi boa! A sério!

    Vindo essa barbaridade de quem vem, a que supostamente será a vice-mundo (catastrofismos à parte) só nos pode transmitir calma... muita calma... para aguentar os próximos anos de estupidez!

    Calma vergílio, calma... isto passa... calma... inspira! expira...

    Platero, aquele abraço!

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