sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A Almada Negreiros

Espelho-me eu...
Em regresso, uma onda.
Lento recuar,
espelhado pela areia...


a minha sombra sou
é ela que me arranca da sombra em mim atrelada
sombra de mim
não me segue
finjo que sou eu e vou
não para longe de mim
e sempre,
sempre às portas de mim
VT

3 comentários:

  1. BonDia Vergílio. (tens o nome de meu pai, e irmão que não cheguei a conhecer e me acompanha)

    “a minha sombra sou
    é ela que me arranca da sombra em mim atrelada”
    Tocaram-me estes dois primeiros versos, houve uma coincidência de estado de espírito.

    A sombra não é tão visível nem a luz tão solitária que não se signifiquem mutuamente. Afinal o que vemos é sempre uma luz - especialmente se for uma sombra - e é também, precisamente por isso, uma obscuridade profunda.

    A tua sombra iluminou-me. Também pensei que ninguém me tinha visto a contemplar...

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  2. Espelho meu, espelho meu...
    haverá algo mais belo
    do que ver em ti

    eu?

    ;)

    Beijo.

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  3. Por vezes pensar que não somos vistos é a própria sombra...

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