sábado, 9 de agosto de 2008

O vôo da serpente

(Porque este poema pertence aqui)

Parece-me que não ando a viver,
mas a rastejar num chão que não existe...
porém,
à mínima Luz levantarei vôo.

É a serpente que rasteja,
mas é ela a emplumada,
a que voará.

4 comentários:

  1. Esta achei agora e é divinal!...

    "Senhores jurados sou um poeta
    um multipétalo uivo um defeito
    e ando com uma camisa de vento
    ao contrário do esqueleto
    (...)
    Sou uma impudência à mesa posta
    de um verso onde o possa escrever
    ó subalimentados do sonho!
    a poesia é para comer."
    Natália Correia

    ResponderEliminar
  2. Outra pérola da mesma Senhora:

    "A semente do filho que em nós amadurece
    Trouxe-a no bico a pomba que o seu reino prepara.
    Por isso na cidade já ninguém nos conhece
    Pois que ambos trazemos esse filho na cara."

    ResponderEliminar
  3. Estes dois últimos versos estou ainda a saboreá-los!

    "ó subalimentados do sonho!
    a poesia é para comer."

    São uma delícia digna de uma mulher portuguesa... poeta açoreana... incómoda como se quer!

    ResponderEliminar