Não é nunca a última
Paixão. Persiste,
Eco do sol a depor o dia
Sobre o musgo do planalto:
a
Orar
Em silêncio repetindo os nomes,
Mergulhados na distância dissolvida,
Asas paradas, repetindo os voos
Longitudinais
Junto aos rios
Que ainda não viram o mar;
O peso das águas, constritivo
Da resistência maleável das raízes
Na terra onde nascemos,
Vendados os olhos,
Cegos de caminhos
Que nunca se descobrem.
Não é nunca a última
A palavra.
Nunca é cedo para uma primeira palavra,
ResponderEliminarvou até ao planalto e abeiro-me da lonjura, e sem dar nomes e por todos, oro. E findo sem uma única palavra. Sim, Francisco, a palavra nunca é última.
Francisco,
ResponderEliminar...A última palavra, a que não nos pertence é muda.
Um sentimento grande de ternura por todas as palavras que cabem no teu coração e pela poesia e verdade que há nelas.
Um grande abraço de saudades...
PS... e não chegaste a sair do planalto para a planície...
não há última palavra
ResponderEliminar- a não ser um grito
abraço amigo
...a que escreve, é aliás, geradora das mais belas e inesgotáveis em nós. E vêm cheias do silêncio que só o poeta conhece. E conhecê-lo é sê-lo. Os seus poemas são dos mais silenciosos e cheios de verdade que tenho lido. Agradeço muito o que escreve e o que mostra, mesmo e sempre por detrás do pano das sombras. Já ajudei muito a fazer teatro de sombras. Os alunos adoram e eu rejubilo com a alegria deles. Obrigada. Obrigada mesmo.
ResponderEliminarSerá a última palavra a de que quem lê?
ResponderEliminarUma palavra muda, como diz a cara Saudade. Um som mudo de bater do coração, a palavra solta de uma voz desconhecida, a voz de quem lê...
Quem escreve poderá ter sempre a primeira palavra dentro de si, ou pode escrever no decorrer das palavras de alguém (lidas ou escutadas)...
Eu diria que não existe própriamente - A Primeira Palavra - e/ou - A Última Palavra -.
Não sei...
Acho mesmo que o principio e o fim não foram palavras, embora possam ser sons :)
E eu gostava que a última palavra fosse um som. O do mar*
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