terça-feira, 29 de julho de 2008

sempre que vais à casa de banho pensas que estás grávida?


O meu professor de shiatsu diz que

as rebentações nas ondas das praias vão

embater cada vez sem mais resignação

contra camarins do favoritismo, contra os

modus-operandi estravagantes de arcebispos,

contra as trivialidades snobs dos deputados,

contra o agasalhado château dum leopardo

filistino en-vogue – paralítico napoleão rebaixando

reuniões sobre fisco infalível ou dumping social –

e contra as cúmplices matracas dos crachás.


Após as provações de permissividade inibidora

virá a papeira avant-garde desmantelar a perícia

das boulevards deflectoras da cidadania global,

com encorajamento de poliomielite dar-se-á a

subtóxica polinização ad aeternum dos opus dei

desbocados pelos ditames à palheta de sua cómoda

desvirtuada, atestando com grogue de formol a

anímica hor’agá, à escala, dos pilotos estroinas que

processam os componentes e calibram os reagentes

da carola de caruma e ComItivA de CompanhIA que

desapropria da ilibação tais enxovais com desacatos.


Virá uma contrasalva do Paleolítico Superior servir de

hélice propulsora para salvaguardar o Holismo Gaiense!


As treliças do alfarrobista são corroídas pelas zeigeist

entrópicas, cujo perfil vigora como ipomeia violacea

de restrição, que autofagiam as comissuras labiais dos

morpheus escapulindo-se da água-benta aspergida,

sem absentismo, deste eugénico gulag blutschande.


É mata perpétua abjurada como trégua, ex-pectante

fusível estampilhado pela mundivisão dos estratos,

âmbito de asneiras grassando munições em lavagem,

delgado tarrafal, gaspacho à beira do badagaio, elixir

de oxidase de monoamina, itinerante toro pré-helénico

de foro ontológico cujo rejuvenescimento é entravado

pela disritmia diapezam, warcraft e dungeons&dragons.


Quando a incisão coronária tolher a hipersemia

fac-simile do sôr-reverendo será rapsódia de ciano,

seu clíster onanístico será enema de morning glory e o

Outro Transcendente, esfarelado pelos torções, poderá

novamente ser quinino de ergotina, a bobina rústica

será destravada, do Minóico Tardio recomeçará um

narcótico Revivalismo Arcaico, o convénio de adidos

passará por umbral admonitório e fará melopeia com

Tanatos, eclodido num cacifo chamuscado de Gizé ou

Queóps e o Relâmpago de Indra efectuará os Mistérios

Elêusicos, isto disse-me a minha professora de reiki mix.




in quimicoterapia

2004

3 comentários:

  1. Grande Quetzalcoatl! Mais uma vez referiste-te as coisas pelo nome que elas tem.

    Qualquer semelhanca com Michel Houellebecq e a sua muito pertinente analise do esvaziamento da nossa etica "liberal" e a sua transformacao num dos conservadorismos mais repressores de sempre e mais do que mera coincidencia.

    Desculpa a falta de acentos. Finalmente consegui uma ligacao a internet, depois de muito batalhar, mas so da para conectar a partir do programa windows do computador, que e uma Macintosh. No Macintosh consigo por acentos e cedilhas, no windows nao.

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  2. eu tenhu delirado bastante com o slavoj zizek e com o antónio damásio e hoje ainda li umas belas do sartre mas boris vian é que é o meu Homem!


    os acentos não fazem falta, obrigado por gostares dos meus devaneios, também já não os lia à imenso tempo, só lhes vejo é defeitos hoje em dia

    * **

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  3. "Não penses que a sabedoria é feita do que se acumulou. Porque ela é feita apenas do que resta depois do que se deitou fora."
    Vergílio Ferreira

    Um dos muitos "Pensar" que tenho muito bem guardados para ocasiões como esta. Aliás, este até é curto, e a profissão "obriga-nos" a decorá-lo.
    Tal como este que aqui se adequa.
    É qualquer coisa como isto, parafraseando:

    Ler para quê? Leio pouco. Livros que distraiam? Estou bastante distraído comigo próprio. Nem bem mesmo os livros que me acrescentem o saber, mas o que me acresentem a mim. Nós somos imensos, mas atrofiados. E Importam-me os livros que desenvolvam o que eu sou. Quantas coisas ignoramos que somos, apenas porque o embrião disso se nos não desenvolveu até ser visível. Um livro que acrescente, não que se me acrecente. O que acumulei é muito. O que fui é muito pouco.

    E agora diria eu, se calhar é mais do mesmo. É aquela fase em que a vida nos obriga a não pensar muito, cada um com a sua. Lemos, rebuscamos, aproveitamos o que já considerámos como lixo tóxico e vemo-lo hoje em metamorfose de significados. O que se nos apresentou como ontem, hoje não é amanhã, e por aí fora... O que fazemos então? Escrevemos. PIM!

    Por hoje agradeço-te isto, pelo fim das tuas palvras "...também já não os lia há imenso tempo, só lhes vejo é defeitos hoje em dia"
    Talvez por eu que esteja num desses dias.
    Grande quETzal!
    Abraço

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