quinta-feira, 24 de julho de 2008

A Língua Portuguesa é o Mar que une a Terra: a Aliança entre Homem e Deus

Nada fica, só esta Língua Portuguesa, pela qual falamos e vivemos o Amor, se não apaga, sendo ela o que tudo apaga e renova: é o Mar da Terra, o Coração em que vivemos e por que vivemos, somos nós unidos n-Um só. Não sendo nada é tudo, não se vendo é por ela que vemos o mundo, não se tocando é por ela que sentimos, sendo ninguém é a humanidade inteira, não sendo a Mãe nem a Filha é a Aliança, não sendo o Pai nem o Filho é o Espírito Santo, não sendo real existe, não estando viva vive, é por ela que pensamos, sonhamos. É pela Língua que a humanidade se perdeu e se reencontrará.
Esta Língua o que é afinal? Esta Voz que se confunde connosco, de que matéria é feita? De onde e como nasce? Como podemos crer tanto que exista e que a somos?
A nossa Voz é já a Voz de Deus, pois é ela que nos liga à morte e à vida, ao sonho e à realidade, ao ser e ao estar, à mente e ao corpo, a Deus e ao Homem, ao homem e à mulher. “No princípio era o Verbo”: a Língua, o i-Dio-ma. “A Pátria é a Língua Portuguesa” porque é ela a eterna Aliança da humanidade a Deus.
Cada palavra reproduzida pelo Homem é um reatar da Aliança: rezar, cantar, é a recriação da Origem do próprio Homem, pois é a partir da palavra que o Homem se cria. Cada vez que o Homem fala é, ele mesmo, Deus criador, as palavras são filhos nascidos da mente e do corpo.
Somos todos, portanto, Deuses esquecidos que o são, criamo-nos a partir da nossa Voz, essa, que nos liga tanto a Si quanto ao Si-lêncio, pois ela é tanto um quanto o Outro.
O Homem caminha para a União com a própria natureza de que é feito: o Verbo. Só o Homem que for capaz de ser Deus, isto é, criar-se através da união de e com tudo, de ler a vida, falar e viver aliando os antagónicos do Universo pertencerá à Nova Era, estará voc-acionado.
Não precisamos de erguer nenhuma religião nova, porque ela já existe desde o início: a Língua Portuguesa. Não precisamos de converter ninguém a falá-la, porque já todos a sabemos. Mesmo os que não a saibam têm a Sua Voz. Por isso, o que lhes-nos falta, é reconhecê-La como a Aliança da humanidade à sua própria divindade. Portugal é Deus porque é, desde sempre, Filho da sua Língua-Mãe, como o Homem é Filho do Seu Verbo, é divino.

(Parte do texto que sairá na próxima Nova Águia)

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