Esta é a história de Ariadne, filha de Minos, a história de uma mulher apaixonada. Teseu, bravo herói, ouviu falar a pitonisa e partiu em direcção ao labirinto. Na manhã anterior, aurora antiga, de um passado de tributos , Teseu olhou o céu e viu, em futuras visões que só aos heróis é dado ver, a coroa de estrelas que no futuro firmamento lá brilhava. Não conhecia ainda a bela princesa.
No braço armado da coragem, a lança brilha no escuro e no peito o Amor de Ariadne indica-lhe o caminho. O homem segura o fio de lã da idade do cordeiro e entrega a mulher nos braços de Dionísio. Deixada na ilha, Ariadne vem a esposar Dionisos, seu consolador desses dias de tristeza e abandono. Foi aí, e só aí, que a coroa antevista por Teseu foi lançada em pedras de brilhar para a escritura do céu, onde ainda hoje permanece, encostada a Hércules e ao Homem que segura a Serpente. Mas, paras isso, Ariadne tivera que morrer. A Senhora dos Labirintos é a guardadora da janela dos tempos. A pastora do tempo dos cordeiros. Mulher dançante e extasiada, conhecedora do caminho dos chakras. Conheceu Sileno e as figuras do s mundos vedados, nos seus rituais de iniciação. Sempre deixando as vestes em cada descida e renascendo numa nova pele. Finalmente, recebe o cesto com a oferenda da viril virtude masculina. Depois, uma deusa alada sobre ela abate o chicote que Ariadne aceita humildemente. Por fim, a mãe recebe no seu colo de consolação a lágrima da mulher.
Agora, enfeitada e adornada, a mulher olha-se no espelho de Eros. É a esposa de Dionísio outra rainha, antes princesa de Teseu amada. Foi o Amor/iniciação que transformou Ariadne na mulher liberta em si da figura do herói, mas integrando nela a força criadora resultante dessa união. Estamos sempre a tempo de nunca entrar no labirinto. Mas só entrando nele, dele nos libertamos.
No braço armado da coragem, a lança brilha no escuro e no peito o Amor de Ariadne indica-lhe o caminho. O homem segura o fio de lã da idade do cordeiro e entrega a mulher nos braços de Dionísio. Deixada na ilha, Ariadne vem a esposar Dionisos, seu consolador desses dias de tristeza e abandono. Foi aí, e só aí, que a coroa antevista por Teseu foi lançada em pedras de brilhar para a escritura do céu, onde ainda hoje permanece, encostada a Hércules e ao Homem que segura a Serpente. Mas, paras isso, Ariadne tivera que morrer. A Senhora dos Labirintos é a guardadora da janela dos tempos. A pastora do tempo dos cordeiros. Mulher dançante e extasiada, conhecedora do caminho dos chakras. Conheceu Sileno e as figuras do s mundos vedados, nos seus rituais de iniciação. Sempre deixando as vestes em cada descida e renascendo numa nova pele. Finalmente, recebe o cesto com a oferenda da viril virtude masculina. Depois, uma deusa alada sobre ela abate o chicote que Ariadne aceita humildemente. Por fim, a mãe recebe no seu colo de consolação a lágrima da mulher.
Agora, enfeitada e adornada, a mulher olha-se no espelho de Eros. É a esposa de Dionísio outra rainha, antes princesa de Teseu amada. Foi o Amor/iniciação que transformou Ariadne na mulher liberta em si da figura do herói, mas integrando nela a força criadora resultante dessa união. Estamos sempre a tempo de nunca entrar no labirinto. Mas só entrando nele, dele nos libertamos.
Que labirinto é esse?
ResponderEliminarDevolvo-lhe a pergunta, Anita.Que labirinto será esse?
ResponderEliminar:)
ResponderEliminarDo desencontro com a vida, consigo... que nos leva a conviver entre opostos, os quais imaginatoria-mente o homem separa sem dar conta...
O labirinto mental, de complicar o óbvio... para mim é o que se me apresenta mais.
Muitas vezes o óbvio também é o que ob-via, o que, estando aí, presente diante de nós, nos detém e se converte num ob-stáculo na via, no caminho... impedindo-nos de seguir em frente ou de ir mais fundo... impedindo-nos de encontrar o fio de Ariadne e de sair do labirinto...
ResponderEliminarO óbvio, real, ou o que se pensa como óbvio?
ResponderEliminarO labirinto...os labirintos só na aprência são obstáculos que se apresentam fora de nós. Os labirintos somos nós esquecidos que somos caminho. Se não entrarmos neles, nunca saberemos olhar o espelho e reconhecermos nele o Outro em nós.
ResponderEliminarSem Teseu, Ariadne não saberia entregar-se a essa descoberta em si. Sem Ariadne, o minotauro teria vencido... Se Ariadne não ficasse na ilha, não teria amado o deus nem aprendido a dançar...
O labirinto tem inúmeras possibilidades, apresenta-se como o contrário do espelho,sendo um espelho. Assim falou o oráculo de Delfos da necessidade do Amor ou do coração puro...
Qual a diferença entre o que é real e o que se pensa como tal, qual a diferença entre ser e pensar ? Estabelecê-la é a dualidade. "O mesmo há para ser e ser pensado", diz Parménides. Ser e pensar são dois modos, um só na comum ilusão, de experimentar o "mesmo", que não é ser nem pensar - assim o vejo/experimento eu.
ResponderEliminarO labirinto é pensar que há caminho e caminhante, origem, destino e sentido. Mas, enquanto o pensarmos, nele se jogam todos os possíveis. Incluindo o de abrir mão de tudo isso e (n)o(s) desvanecermos.
A diferença é que um se vê, e o outro não, um é real, o outro não...
ResponderEliminarQue temos um livro nas mãos a que chamamos vida: pensá-lo é lê-lo, senti-lo é vivê-lo.
O homem adulto coloca à frente de viver a vida, lê-la, por isso, fica num estado dormente, sério. Prefere ser leitor a personagem, escritor a actor, dormido a acordado, morto a vivo. Esqueceu-se que vive, porque se inicia lendo, sonhando; esqueceu-se que está a viver uma história já escrita, dentro da qual só outra, por ele criada, se pode ler.
(E logo vai o sermão sonhado...) ;)
(longo)
ResponderEliminarO adulto vive a brincar à vida, pois pensa-a - imagina-a. A criança vive a sério, sente-a.
Nunca vi adulto algum
ResponderEliminarNunca vi nenhuma criança
Apenas mentes em metamorfose
nos passos de eterna dança
Pois a criança já foi adulto
e mais velha que ele se torna
tal como o adulto criança será
quando de túmulo em berço se orna
Pensando a vida, consigo entender... sentindo, não. É esse o eterno defeito da minha criança: só me sou sentindo.
ResponderEliminar(só me faz sentido sentir - a ponte que deixa de ser de tédio entre mim e o Outro)
ResponderEliminarNunca pensei
ResponderEliminarNunca senti
Cisão entre ambos
Jamais vi
Como pensar sem sentir ?
Como sentir sem pensar ?
Fazer de um dois
é esculpir estátuas no ar
De acordo. Mas um deles contém o outro; um é princípio e fim, outro é apenas meio.
ResponderEliminarJamais viu cisão porque Viu, sentiu a união. ;)
(a união da luz, do Dia da sensação).
ResponderEliminaro sentir é, ele próprio, a síntese do tudo e do nada, do pensar e do sentir, do ser e do estar; une os antagónicos, superando-os.
ResponderEliminar(ou como o amor em relação a si mesmo)
ResponderEliminarMãe e pai são opostos, mas é a mãe que contém, em si, o filho - como sentir e pensar são opostos.
ResponderEliminarNada que seja algo
ResponderEliminaruma coisa e outra supera
Nada que se pense e diga
o sabor dá da infinita esfera
Nada a unir e superar há
os contrários são bola de sabão
Conceitos e palavras conversa fiada
Dançar no abismo com os pés no chão
A mulher supera-se a si mesma quando mãe, o sentimento supera-se a si mesmo quando amor.
ResponderEliminarÉ isso meso, Paulo, o labirinto, «dançar no abismo».
ResponderEliminarAnita:
Agarrar uma certeza
seja de sentir ou ser
é ilusão
ser
homem ou mulher
sentir ou ver
infante ou adulto
tudo é transformar
Nada fica
Tudo se dissolve
Até a afirmação
e a negação.
Querer agarrar uma certeza através do pensamento é ilusão, sim - já agarrar com a mão uma pedra não.
ResponderEliminarÉ isso que quero agarrar, o "agarrável". :) O sentir.
Anita, Anita,
ResponderEliminarmedito em Pali teu nome:
"Anicca", impermanente; "Anatta", não Si -
Como vês tudo se some !
Silva em Latim é "selva"
e também "multidão":
que queres tu haver
que não seja turbilhão ?
Desgarra-te de agarrar
solta o pé, abre a mão
Deixa lá o Caeiro
a sentir com a razão
eheh tudo é assim, deveras...
ResponderEliminarinconstante e diluída na multidão...
mas nunca senti tanto, como agora,
com o coração. Mesmo que seja escrevendo, escrevo-o inteiramente, eu.
a criança que era espreita-me por detrás destas letras... :)
ResponderEliminarO sentir engloba tanto a sensação física quanto o sentimento que une essa sensação ao pensamento: o sentimento é tanto a mãe quanto o filho, é a Aliança.
ResponderEliminarA sensação supera-se a si mesma quando sentimento - pelo amor.
ResponderEliminar