domingo, 15 de junho de 2008

toda a luz
amalgamada de espanto e esperança entardecida
na alba e na brandura das distâncias
tangida de pranto e segundos de opacidade
a minha paisagem em relicário
o meu desperdício de palavras ditas
a oxidar a pureza cristalina do silêncio
e não poder ser das pegadas ocultas no vento
apenas a sombra duma passagem
a frescura que fica nas margens da vida
apenas

3 comentários:

  1. Grata por me fazer sentir «essa frescura das margens da vida» neste Domingo fresco.

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  2. Ai que flores para eu voar e lembrar...as preferidas da minha mãe. Assim, a rebentar de luz como os meus olhos ao vê-las, revê-las de lágrimas...obrigada Paulo por me trazeres um jardim a esta cela onde avalio e julgo, o que não sei nem quero avaliar.
    Olharei para elas até que os olhos ceguem...

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