sábado, 14 de junho de 2008

Pensamento zen



«Não procureis dar definições da mente. Isto é como alimentar-se com um pastel de arroz pintado num quadro.»


Monge Dogen

4 comentários:

  1. Poder-se-á com mais propriedade definir a impossibilidade de definir a mente ? "Isto é como"...

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  2. «Isto é como...» alcançar o Nada. Nada havendo para alcançar.
    Mente, impossível de alcançar.
    Quem pensa alcançar a mente ou defini-la serve-se de conceitos, de artifícios do pensamento, "pastel de arroz pintado" que não pode matar a fome.

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  3. Haver fome não é um conceito ?

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  4. Caro interrogativo,

    «Haver fome» em sentido símbólico ou espiritual é desejar ser, é alimentar a «ilusão», é «encher» e ocupar espaço que dificulta o encontro interior com o nada que nos sentimos ser. Somos o de que devemos despir-nos, desse mesmo véu que impede o coração de perceber o que desde sempre somos e não sabemos.

    O ser desejante deixo-o para a ficção, onde crio universos que são, porque me são para além de mim e aparecem como realidade, naquele espaço em que do Nada nasce alguma coisa, a ser "realidde". Sujeito e objecto para o leitor, suscitador de interrogações. Ele mesmo ficção de ficções. Não sou eu. Não são conceitos.

    «Haver fome», escassez de alimentos, tamém não é um conceito. E uma má distribuição dos recursos do planeta; Haver fome é saber que é preciso suprir uma necessidade fundamental do organismo. Sem alimento o corpo definha... É também o resultado de algumas mentes ainda não terem sabido despir-se de si e acreditarem,de forma egoísta, que os outros existem menos, ou não exixtem. É falta de Amor.

    Por outro lado, se queremos clarificar constantemente o que é dito, devemos de ter o cuidado de procurar contextualizar os sentidos do que é dito. Por exemplo, procurar compreender as circunstâncias em que o monge pronuncia as palavras e a quem as diz. Achar os fios das palavras e o seu propósito. Se não falarmos a linguagem dos homens para transmitir ensinamentos que visam auxiliar os outros ou ensiná-los a ver, para além das aparências e dos conceitos,não seremos compreendidos ou sê-lo-emos de forma distorcida. Pois dos conceitos nos serviremos como elementos elementos de comparação. Foi assim em todos os tempos. Nas escrituras de todas as civilizações, nas cosmogonias, nos textos esotéricos e simbólicos,em alguma filosofia e poesia. Parece que o propósito é claro, eles visam o desenvolvimento espiritual da huanidade. Sem ele, o Homem deixaria de sonhar um império do espírito que vibra em Saudade.
    Mas isto é o pensmento a discorrer.

    Um abraço
    Um sorriso:)

    PS. Onde está a mente?

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