"Não mais, Musa, não mais; que a lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida;
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho,
Não no dá a Pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Duma austera, apagada e vil tristeza"
- Luís de Camões, Os Lusíadas, X, 145.
A Língua Portuguesa é a Musa.
ResponderEliminarNela cantarás, por não ser escolha tua, mas porque ela te escolheu.
Que importa a escolha frente ao Mar?
Que importa a dor face à beleza do que cantas?
Que importa a indiferença da Pátria, se és na Língua a Pátria?
Que importa a gente que não lê, não escreve e não vê?
Importa, Manuelinho, que emprestes a tua voz, o teu inebriamento ao POETA que não vê!
E viva Camões!...
Vivas tu na sua voz Manuelinho...
Sempre actual, o grnade Camôes, e sempre lúcido, o grande Manuelinho ...
ResponderEliminarTambém te amo.
ResponderEliminarQuem é que amas ? De-veras ?
ResponderEliminarFui ali dar uma volta ao blog da Nova Águia e encontrei, em comentário a este mesmo post, um "vidente" a dizer que "Camões hoje reencarnou no Quénia. Aqui já não volta, podem ter a certeza !".
ResponderEliminarBem me parecia ! É poeta mas não é parvo...
Camões voltaria a escrever isto, sim, e não estaria, decerto, ultrapassado.
ResponderEliminarA vil tristeza e a falta de brilho hoje, como então, justifica que essa voz seja lembrada e que outras de igual som e intenção se façam ouvir. Ainda que enrouquecida a voz e surdos os ouvidos. Mesmo que a Musa destratada e turva se não reconheça na sua mesma fala. Onde houver uma ilha e a saudade dela é lá que iremos encontrá-la.
Não.
ResponderEliminarHoje Camões escreveria a segunda parte dos Lusíadas.
ResponderEliminarAmo-te Vera.
ResponderEliminarAmo-te Sofia.
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