quarta-feira, 14 de maio de 2008

Quis saber quem sou...

Estava ontem a ver a excelente série "CSI: Miami" quando, às tantas, a investigadora Duquesne diz, a um pai que abandonou, na rua, o seu filho abatido a tiro, que ele poderia no mínimo mostrar traços de humanidade: "o que poderia fazer?", diz ele, ao que Duquesne responde - "podia ao menos ser humano".

Creio que temos uma ideia errada do que é ser humano e que, não raras vezes, idealizamos o humano como se de um ser querúbico se tratasse, dotado de uma moral inabalável, como se os crimes cometidos por seres humanos fossem cometidos por uma qualquer sua parte inumana. Infelizmente, a realidade aí está para nos mostrar que não é assim e que o ser humano é capaz das maiores atrocidades de que alguma vez tivemos conhecimento, até na própria medida em que é capaz de premeditar os seus actos ignóbeis ou mesmo, no caso do exercício de poder, de prever verdadeiras hecatombes que se abatem, habitualmente, sobre os mais desfavorecidos sem que, no entanto, se demova das suas intenções.

O caso mais público, atroz e revoltante de sempre é, sem dúvida, o de Fritzl. Penso que o humano é o animal mais cruel de todos, na medida da sua própria racionalidade. Exemplos não faltam.

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