segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ophyussae

sou um livro pendurado em ti.

uma leitura cada vez mais simples.
um espaço sem dimensão.


uno. sensível.

e abro-me por ti
na imensidão do amanhecer
infinito.



in Nova Águia

29 comentários:

  1. Esse amanhecer é magnético e cintilante como o poço fundo de determinados olhares. Velocidade luz!

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  2. Difícil. Belo. Belo e difícil. Como em Platão. Será por causa da luz?

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  3. A rainha das Serpentes
    Essa terra que Ulisses
    leva no olhar
    Despido de ilusão
    De Luso ser
    E vem escrever o mar
    Num livro infinito
    Partitura aberta
    em cima dum piano de estrelas.
    Navegar para o alto
    Assim comanda o vento.

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  4. Alguém sabe o que é "Ophyussae" ? Eu sei, mas não digo.

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  5. Eu também sinto, mas não digo.

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  6. Eu também sei e sinto mas não digo!

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  7. Vá lá, não sejam mauzinhos, expliquem às pessoas de onde vem e em que consiste esta loucura chamada Portugal !... Porque às vezes convém explicar e nomear as coisas, até onde é possível...

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  8. Enquanto fores uno sensível, a coisa não vai mal.
    *

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  9. Como só sei de cor, vou parafrasear:

    -Ophyussae! Ophyussae! A Terra das Serpentes! A lenda ... O mito... eram verdadeiros! ...Lisboa dorme sobre uma grande serpente, enroscada em sete colinas!... A rainha Serpente! A Imperatriz Serpente! A serpente-oceano que trespassa mundos e seres que o não são! A alma oculta de Portugal e do Cosmos... O dragão do nosso escudo! O próprio espírito...

    in "Línguas de Fogo" Paixão, Morte e Iluminação de Agostinho da Silva
    de Paulo Borges

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  10. "Uma tradição diz que Lisboa é a Serpente, rainha de Ophyussae, a Terra das Serpentes, petrificada ao ver partir o seu amante Ulisses... Assim teriam nascido as sete colinas sagradas..."

    Paulo Borges
    in Serpente Emplumada

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  11. Só falta dizer que a primeira referência a Ophyussae vem na "Ora Marítima", de Avieno... Aí também se diz (cito de memória) que o litoral atlântico da península foi invadido por serpentes vindas do mar: daí o nome que, em grego, quer dizer "Terra das Serpentes"... A mesma obra refere tribos que aqui viveriam com nomes como Draganes e Saefes, Dragões e Serpentes... Dalila Pereira da Costa escreve sobre isso em "Da Serpente à Imaculada".

    Mas a Serpente anda adormecida: quem a vem Despertar !?... E quem suportará o seu Despertar ?

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  12. É só rir... só rir...

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  13. De que te ris tu?
    Do espanto, enquanto és violentamente engolida pela Grande Serpente e putrefacta vomitada numa lixeira?

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  14. Que comentário estranhíssimo! Podes especificar?

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  15. Rio desta malta toda aqui a exibir a sua erudição e assim a reforçar o seu ago ainda mais, quando o propósito deste blogue é exactamente estimular a sua dissolução.

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  16. Caríssimos(as),

    o poema vale o que vale, assim como os comentários, e foi postado não por questões de erudição ou dissolução da mesma.
    Poderá ser até um poema-post(a) de pescada. Não me compete avaliá-lo. É apenas uma homenagem que julgo que se enquadra no espírito do blogue, no qual tenho liberdade de escrita.
    Sem me querer justificar exponho o propósito.

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  17. Finalmente este blogue volta à sua boa vocação polémico-provocatória !... A Serpente andava um pouco adormecida...

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  18. "comentário estranhíssimo", porquê?
    Pensas que te dissolves e não voltas à lixeira?

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  19. Mas tiveste que "trabalhar" muito para seres "luxo", certo?

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  20. Não sei... O lixo, visto sem conceitos, já é luxo.

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  21. E como é que consegues ver sem conceitos, sem etiquetas, completamente livre da visão dualista?

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  22. Não me convenceste mas, pronto! E ponto. Que não é final, assim tu o queiras...
    E, ainda assim, aceito a tua resposta...

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  23. Não con-venço. Só vejo. Se quiseres, não vendo. Porque nesta visão não há isto e aquilo, quem vê, o que vê e visão. Como na fusão amorosa. Deves saber do que falo, se és abismada.

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  24. Naturalmente. Assim, sim ... estava a ver que não te explicavas!

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  25. Isto não é para explicar e sim para vivenciar. E tu: abismas-te mesmo ? Como fazes ?

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  26. Bolas, apanhaste-me! Falo contigo depois... agora, não tenho tempo!

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