quarta-feira, 30 de abril de 2008


os desenhos de ilda david, ou as nuvens de ilda david, têm em si mesmos uma forma delicada de ser, não nos causam estranheza, apenas um pouco de saudade, e o que em nós fica, por meio de uma queda sensível, é uma agradável sensação, mas não uma imobilidade, é uma enorme vontade de voltar, de saber do caminho de volta, de participar naquela leveza, que mais parece um sonho, transparecendo, ou um movimento, talvez subindo. eis o paradoxo, cuja finalidade não cesso de procurar, isto é, onde, ou quando, e como, podemos nós, ter corpo, ou deixar de o ter, sem cair, ou desaparecer - enfim no espaço, ou por fim no tempo.

2 comentários:

  1. Os desenhos são belíssimos, mas o que o texto viu neles não é menos belo. Também este texto, tal como os desenhos, deixam uma enorme vontade de voltar. A vê-los, a lê-lo. Voltar ao sonho, à leveza, ao movimento de queda e elevação. Enlevo. O que aqui nos foi deixado recolhe-nos em enlevo. Um sorriso de agradecimento pelo tom e pelo som do que vi e li.

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  2. Saúdo esta nova pluma da Serpente e o seu texto subtilmente cúmplice dos desenhos que comenta. Bem vindo !

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