os desenhos de ilda david, ou as nuvens de ilda david, têm em si mesmos uma forma delicada de ser, não nos causam estranheza, apenas um pouco de saudade, e o que em nós fica, por meio de uma queda sensível, é uma agradável sensação, mas não uma imobilidade, é uma enorme vontade de voltar, de saber do caminho de volta, de participar naquela leveza, que mais parece um sonho, transparecendo, ou um movimento, talvez subindo. eis o paradoxo, cuja finalidade não cesso de procurar, isto é, onde, ou quando, e como, podemos nós, ter corpo, ou deixar de o ter, sem cair, ou desaparecer - enfim no espaço, ou por fim no tempo.
Os desenhos são belíssimos, mas o que o texto viu neles não é menos belo. Também este texto, tal como os desenhos, deixam uma enorme vontade de voltar. A vê-los, a lê-lo. Voltar ao sonho, à leveza, ao movimento de queda e elevação. Enlevo. O que aqui nos foi deixado recolhe-nos em enlevo. Um sorriso de agradecimento pelo tom e pelo som do que vi e li.
ResponderEliminarSaúdo esta nova pluma da Serpente e o seu texto subtilmente cúmplice dos desenhos que comenta. Bem vindo !
ResponderEliminar