quarta-feira, 16 de abril de 2008

cantiga de amigo

A noite segura-a

Como um barco ao vento.

Dentro dos teus olhos

Acordam as docas

Sacudidas.

E o tempo mastiga

Violento mais um dia

Fragmentos, um braço

Nas garras da espuma

Agitada

Como um barco ao vento

– Sem poder acostar.

5 comentários:

  1. Magnífico ! Senti a ondulação, do mar e do amor.

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  2. Boa Noite Soantes,

    Tenho sempre vontade de te falar, quando venho à Serpente e te encontro. Mas no momento em que inicio a dirigir-te o esboço de um cumprimento, para lhe seguir a definição do sentimento que me trazes ao ler um teu poema, há uma bruma que se me desce. Ao mesmo tempo que me incita a abençoar-te abrevia-me o encontro.
    O estado de espírito do poema Oximoro é por demais ressonante em mim. E hoje apanhei o teu barco ao vento para me arriscar chegar Aqui, enquanto é noite.

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  3. Obrigado pelos vossos comentários. Parecem-me autênticos.

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  4. Caro Soantes, podes falar sobre o que sentiste ao escrever este poema ?

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  5. Não seria honesto. Para além de uma nuvem e de um fio fino de sentido, que o próprio poema deve deixar ao leitor como um braço estendido

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