“Que me beije com beijos de sua boca !
Teus amores são melhores do que o vinho,
o odor dos teus perfumes é suave,
teu nome é como um óleo escorrendo
e as donzelas se enamoram de ti…
Arrasta-me contigo, corramos !
Leva-me, ó rei, aos teus aposentos
e exultemos ! Alegremo-nos em ti !
Mais que ao vinho, celebremos teus amores !
Com razão se enamoram de ti…”
“Como és bela, minha amada,
como és bela !...
…
Teus lábios são fita vermelha,
tua fala melodiosa;
metades de romã são teus seios
mergulhados sob o véu”
“És toda bela, minha amada,
e não tens um só defeito!
…
Roubaste meu coração,
minha irmã, noiva minha,
roubaste meu coração
com um só dos teus olhares,
uma volta dos colares.
Que belos são teus amores,
minha irmã, noiva minha;
teus amores são melhores do que o vinho,
mais fino que os outros aromas
é o odor dos teus perfumes.
Teus lábios são favo escorrendo,
ó noiva minha,
tens leite e mel sob a língua,
e o perfume de tuas roupas
é como a fragrância do Líbano.
És jardim fechado,
minha irmã, noiva minha,
és jardim fechado,
uma fonte lacrada.
Teus brotos são pomar de romãs
com frutos preciosos:
nardo e açafrão,
canela, cinamomo
e árvores todas de incenso,
mirra e aloés,
e os mais finos perfumes.
A fonte do jardim
é poço de água viva
que jorra, descendo do Líbano !
Desperta, vento norte,
aproxima-te, vento sul,
soprai no meu jardim
para espalhar seus perfumes.
Entre o meu amado em seu jardim
e coma de seus frutos saborosos!
Já vim ao meu jardim,
minha irmã, noiva minha,
colhi minha mirra e meu bálsamo,
comi meu favo de mel,
bebi meu vinho e meu leite.
Comei e bebei, companheiros,
embriagai-vos, meus caros amigos !”
“Meu amado é branco e rosado,
saliente entre dez mil.
Sua cabeça é ouro puro,
uma copa de palmeira seus cabelos,
negros como o corvo.
Seus olhos… são pombas
à beira de águas correntes:
banham-se no leite
e repousam na margem.
Suas faces são canteiros de bálsamo,
colinas de ervas perfumadas;
seus lábios são lírios
com mirra, que flui
e se derrama.
Seus braços são torneados em ouro
incrustado com pedras de Társis.
Seu ventre é um bloco de marfim
cravejado com safiras.
Suas pernas, colunas de mármore
firmadas em bases de ouro puro.
Seu aspecto é o do Líbano
altaneiro, como um cedro.
Sua boca é muito doce…
Ele todo é uma delícia !
Assim é meu amigo,
assim o meu amado,
ó filhas de Jerusalém”
“Grava-me,
como um selo em teu coração,
como um selo em teu braço;
pois o amor é forte, é como a morte !
Cruel como o abismo é a paixão;
suas chamas são chamas de fogo
uma faísca de Iahweh !”
- Cântico dos Cânticos [excertos]
Como andavas perdida entre pinhais
ResponderEliminarÓ vinha da tristeza, Ó Canto chão!
Quantas vezes afastados do amor
Andam os fados!...
Quantas guerras inúteis travámos em seu nome?
De tão obscurecida a verdade
mal se reconhece
Nos beijos que trocaram a alma e o corpo saudoso e exilado.
muito "árabe"...diria eu, se posso,
ResponderEliminar.
deve ser por influências jordanas.../deformação minha/.
.
belíssimo o canto.chão do nome do amor.
.
Deixa-me encostar a cabeça no teu colo,ó minha doce,
ResponderEliminarNão ouves?
É o rumor do vento entre os quintais...
O murmúrio do mar nas coxas
da areia do teu corpo amado
O búzio dos meus olhos
a beber a espuma dos teus lábios...
Escuta, Não ouves?
A fala deste amor
A morrer na praia.
Tu sabes...eu sou o condenado
A ver nascer o sol
No teu sorriso.
- Dá-me agora um licor que mate
cedo. Antes que chegue a hora
da grande viagem
Ea taça dos teus lábios adormeça.
My mind ceased being mine from the moment when I first saw you.
ResponderEliminarThe light of your hair blinded me with memories of pure sunlight.
Are you an angel or a demon?
From which heights of heaven or depths of hell did you come to haunt me?
Nenhuma luz se deita
ResponderEliminarAntes de visitar teu colo.
Os anjos não roçam as suas asas
Nas sandálias de um deus ignoto.
Descansa, ó bela aurora,
Não vês que não há sombra
Onde o coração respira?
Só pura luz
que o puro amor não teme.
Quem disse que o amor morreu?
ResponderEliminarE o amor? E a boca?
ResponderEliminarQue limite buscará
O beijo e a forma?
O lábio, o arco, a corda,
O ouro e o mel?
Quem o irá beber
À luz das chamas,
Esse chão de palavras?
Quem o irá rega
Quando a hora for sulco?
O amor não morreu.
ResponderEliminarO que morreu foi a iluão de que o amor deve ser correspondido, levar a sexo higiénico e prazeroso para a carne, jantares caros, caixas de bombons e prendinhas, durar x tempo ou uma vida inteira, resultar em casamento, em aprisionamento de pedaços do infinito em forma humana para satisfazer supostos "instintos maternais", "necessidades básicas de reprodução" e a "manutenção do nome da família".
Que morram todas as ilusões para que finalmente possamos sonhar.
O corpo em chamas transfigura o Amado para que Deus se revele nele.
ResponderEliminarCaro poeta obscuro, não quer ser convidado para este blogue ? Se assim for, desobscureça o seu mail.
ResponderEliminarAinda é cedo, ainda é cedo...um dia acedo.
ResponderEliminarMuito obrigado pela gentileza do convite.
Ainda é cedo, ainda é cedo...um dia acedo, um dia cedo.
ResponderEliminarMuito obrigado pela gentileza do convite.