Se não há mente, por que motivo nos convencem de que ela se situa na parte superior do corpo, ou seja, na cabeça, no mesmo sítio onde se encontra o cérebro?
Porque se usam, com muita frequência e indiscriminadamente, os termos "mente" e "cérebro" para designar a mesma realidade?
Porque motivo nos ensinam obsessivamente que as emoções, os sentimentos e as sensações não têm realidade própria e que só existem na "mente"? (ou será no cérebro?)
Se as emoções, os sentimentos e as sensações são impulsos electroquímicos conduzidos através do corpo por uma rede neuronal até a um centro processador chamado cérebro, qual é então a relação entre "sistema nervoso", "percepção", "sujeito que percepciona", "eu", "cérebro" e "mente"?
Se é impossível encontrar a mente, onde nasce então o ilusório "sentimento de si"? O que suporta esse sentimento feito de impulsos electroquímicos? Se é ilusório, porque parece tão real?
Porque determinados pensamentos (mente) dão origem a determinadas emoções e sentimenos (corpo)? Porque determinadas emoções e sentimentos (corpo) dão origem a determinados pensamentos (mente)?
Se o "eu" ou o "si próprio" tem origem no fenómeno da percepção (percepção de si = sensação de si = sentimento de si = consciência de si), qual a relação entre neurologia, estética, psicologia, ontologia, fenomenologia, quântica, existencialismo e Budismo? E o Amor e o sentimentalismo cristão?
Que tem a Saudade a ver com tudo isto?
Quando se fala em António Damásio, por que motivo algumas pessoas fazem uma cara muito assustada e ficam de cabelos em pé como se estivéssemos a falar do "bicho papão", e acusam escandalizadas: substancialista!
Se algumas conclusões a que chegam António Damásio e o existencialismo vão ao encontro da insubstancialidade do "si" e da doutrina da vacuidade tal como propõe o Budismo, de que estamos à espera para fazer a aproximação Ocidente/Oriente, de forma a proporcionarmos um alívio mais eficaz ao sofrimento dos seres, sofrimento esse causado pela fé, ao que parece infundada, num "eu"?
E eu, não tenho nada a dizer sobre o assunto?
ResponderEliminarPois, Gautama antes de ser Buda era hindu, não é verdade?
ResponderEliminarUma vida sem sofrimento é como uma comida sem sal. Há quem goste, mas são poucos. para quem não gosta é fácil, é só escolher "sem": coisa mais simples não há. mas não dá gozo, é mais picante haver bons e maus, injustiças e justiceiros, sábios e iludidos. Assim sim, tem SABOR! Ai que bom!!! hummm, sou tão sábio e iluminado... ^_^ coitados dos "outros"... vamos lá à missão... isto sim, tem SAL, sabor intenso!! sentido!
ResponderEliminar;)
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