Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Disse bem?
Tudo se desenvolve a partir de um princípio, de uma génese. Parece-me que a natureza das coisas é desenvolverem-se, transformarem-se, ao invés de pararem, estagnando. Desde o princípio, tudo está em eterna transformação, desenvolvimento. Acredito que existirá para sempre qualquer coisa e que, por alguma estranha razão, veio a existir alguma coisa. Será que antes não existia coisa alguma? Terá existido esse momento? Se sim, como se passou do nada para tudo isto? Se sempre houve alguma coisa, estará desde sempre a criar? O que há? Será que o que há é uma roda da vida e da morte, algo cíclico, eterno retorno, uma espécie de sonho? Resposta: ninguém sabe. Com maior ou menor aproximação à verdade, penso que cada um de nós tem uma resposta dentro de si, ainda que esta seja um simples "não me importo, quero viver a vida". Ainda assim, essa resposta com laivos de niilismo ou espírito punk, encerra em si a questão: o que é viver a vida? Entende-se, à superfície, que se trata de alguma afirmação hedonista. Eu entendo o viver a vida como a procura do Paraíso e creio que o ser humano é o ser que se caracteriza por procurar viver o Paraíso. O Paraíso é, a meu ver, um estado de espírito em que nos colocamos ou somos colocados, uma espécie de local mental onde vamos parar, devido a estímulos internos, como memórias ou imaginações, ou externos, como a experiência estética do belo ou do sublime. Creio que esta ideia - a de que o ser humano busca essencialmente e caracteriza-se por buscar o Paraíso - é de extrema importância, porque quantas mais pessoas a assimilarem mais se esforçarão por encontrar, para si e para os outros, simplesmente porque estes fazem parte de si, porquanto afectam a sua consciência, uma paz de todo em todo desejável, como valor inalienável. Disse bem? Paz.
Anónimo
ResponderEliminarComo acreditar que o pensamento vem desse algo que não se sabe se existe ou não existe?
Não me pareçe que o homem se reduza a não acreditar em quem o criou.
Não me identifico com uma pedra nem com um meteorito.
Sei que algo superior a mim que venero e lhe fico humildemente grato pela minha presença ausente.