Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
botânica das flores impossíveis
quando as línguas se tocam
as palavras são sustos antigos
incompletas e gastas
tal as solas dos sapatos dos mendigos
a própria planta dos seus pés floridos por dentro
e as almas combustidas
em fuga
rasgam espaços de luz viridificante
que só a Irmã de Bingem
tornou visível
ao liquefazer-se em canto e saudade de não ter sido
o mesmo canto que obrigou Antero a consumir-se
sui-salvando-se
partir e ficar
duas palavras sem nexo
na vida em êxtase do impossível
quando as línguas se tocam
ResponderEliminarna vida em êxtase do impossível