terça-feira, 19 de fevereiro de 2008


4 comentários:

  1. O casal mal se toca
    Mas o espaço que está entre eles
    Vibra mais do que um violino.
    Apenas um dedo a roçar outro dedo...
    Não se sente a pressão
    Mas o mundo inteiro foi tocado.

    Interessante imagem!

    ResponderEliminar
  2. "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio. / Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos / Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. / (Enlacemos as mãos.)"

    ResponderEliminar
  3. «O amor é uma companhia.
    Já não sei andar só pelos caminhos,»
    (...)

    ResponderEliminar
  4. De facto, agora a vida ao teu lado, Ricardo, é um sossego! Este rio imenso onde o sol se deita já é tudo e nem mesmo precisamos nele mergulhar. Com Nietzsche e o seu fascínio pelos cumes da vida, as estrelas bailarinas arrancadas ao caos com os violinos de Dionísio a darem o mote, a vida era um continuo sobressalto no fio da navalha embora a paz quando surgia, parecia ainda mais imponente e a luz mais resplandecente. Mas depois de tudo e por um erro de calculo, caí como Ícaro dos cumes, no chão duro da realidade. Agora não tenho asas mas vivo feliz com os pés no chão e o desenrolar morno dos dias, à luz de um amor possível que me alumia. Estas águas levaram as ilusões da juventude, mas os insectos continuam neste vasto mundo fora a morrer na noite, fascinados pela luz dos faróis dos automóveis que passam. Também eles sabem que a noite é o seio da luz mais pura e cristalina, mas quase sempre ficam esmagados por a imensa sede que os precipita.

    ResponderEliminar