Bom Senso é filho dilecto
da obesa Razão,
que cala o choro da Vontade
tapando-lhe a boca com um penso.
Á cabeça do patriarcal ajuntamento
empoleira-se o senhor Mental,
fumando em seu cachimbo a poeira
que a Razão sacode nas varandas
quando faxina o pensamento.
Vivia pois esta sagrada família
na lerda paz do subúrbio Inconsciente.
Até que a Vontade cresceu.
Se emancipou.
E então conheceu o Êxtase.
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