quarta-feira, 20 de julho de 2011
Estrelas Virgens
Olha as estrelas, mãe, conhece-las?
Elas nunca dormem e olham para baixo para a terra com olhos ansiosos.
Tal como eu que não tenho asas e não posso voar, e me sinto infeliz,
As estrelas também são infelizes porque não têm pés e não podem descer à terra.
Todas as manhãs desces até à curva do rio com
O cântaro no gancho do teu braço para ir buscar água;
As estrelas olham os seus reflexos na água e hora após hora pensam como seriam felizes se tivessem sido donzelas aldeãs e pudessem nadar no rio com os seus cântaros a flutuarem ao lado delas.
- Rabindranath Tagore
Elas nunca dormem e olham para baixo para a terra com olhos ansiosos.
Tal como eu que não tenho asas e não posso voar, e me sinto infeliz,
As estrelas também são infelizes porque não têm pés e não podem descer à terra.
Todas as manhãs desces até à curva do rio com
O cântaro no gancho do teu braço para ir buscar água;
As estrelas olham os seus reflexos na água e hora após hora pensam como seriam felizes se tivessem sido donzelas aldeãs e pudessem nadar no rio com os seus cântaros a flutuarem ao lado delas.
- Rabindranath Tagore
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2 comentários:
Será Julho o mês que te inspira?
É muito belo o poema de R. Ragore.
Quantas vezes penso que as estrelas pensam: Como seria maravilhoso ter o coração tão brilhante e trémulo como o do pássaro, ali, na folha do limoeiro: um pássaro banhado de luar e de pensamentos que nem eu mesma tenho...
Gosto muito deste Poeta! Fizeste-me lembrá-lo e agradeço. Há tanta coisa que esqueci!...
Outro que me é caro:
"Se não falas, vou encher o meu coração
Com o teu silêncio, e aguentá-lo.
Ficarei quieto, esperando, como a noite
Em sua vigília estrelada,
Com a cabeça pacientemente inclinada.
A manhã certamente virá,
A escuridão se dissipará, e a tua voz
Se derramará em torrentes douradas por todo o céu.
Então as tuas palavras voarão
Em canções de cada ninho dos meus pássaros,
E as tuas melodias brotarão
Em flores por todos os recantos da minha floresta."
(uma tema um pouco diferente, ou nem tanto...)
P.S. Voltamos aos lugares onde nos sentimos bem, quando as imagens nos chamam: "...tivessem sido donzelas aldeãs e pudessem nadar no rio com os seus cântaros a flutuarem ao lado delas."
Que imagem poética de límpida visão!
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