«Quando nos referimos a este homem de Melo, de ar calmo, absolutamente sereno, olhando para o Mundo ao mesmo tempo que observa o interior de si-mesmo, jamais poderemos deixar de o mostrar como uma excepção: no seio da Literatura Portuguesa assumiu a difícil e ingrata vocação de denunciar a morte da palavra, a arte do homem no pensamento contemporâneo. Remou contra a maré como os profetas. A sua voz isolada - apesar do anúncio da morte de Deus e da morte do Homem - não se olvidou de afirmar o valor do ser humano e a grandeza das suas manifestações, erguendo, no entanto e sempre, a dúvida, postura que o tornou particularmente incómodo entre os intelectuais portugueses.(...)
Isabel Rosete
http://birdmagazine.blogspot.pt/2016/10/destino-e-morte-das-palavras-em.html
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