Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
IMPÉRIO DOS SENTIDOS
trago os sentidos despidos
como vieram ao mundo
são por isso mais sentidos
mais sensíveis quase a tudo
ao velho Sol se aparece
por detrás do nevoeiro
aos prados quando ele aquece
ao olfato aos sons aos cheiros
despidos como mendigos
coitados sem agasalhos
felizes se andam comigo
por veredas e atalhos
sem roupa trago-os na pele
com eles às vezes brinco
chamando cada um deles
sendo eles bem mais que cinco
há o sentido da esperança
já velho sem ter idade
um morno - da temperança
que embirra c´oa liberdade
o sentido da Justiça
tão maltratado por vezes
traja a rigor e cobiça
a esperança dos portugueses
há muitos destes sentidos
mais que olfato e paladar
tato visão e ouvidos
que é preciso despertar
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