Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
É deste LIXO, porém,
ResponderEliminarque brota do ser humano
a faculdade que tem
de superar o gusano!
JCN
Se for no campo, meu caro, e não no cano
ResponderEliminargrande abraço
Olhe que mesmo no cano,
ResponderEliminarmeu caro amigo e senhor,
pode o homem sobrepor
seu espírito ao gusano!
JCN
Para PLATERO, cuja inspiraçãonpoética flutua sobre a sordidez do cano:
ResponderEliminarTomografia
Entretenho-me às vezes noite fora
quando o sono me foge, sem dormir,
a desmontar-me, a me desconstruir,
até me entrar no quarto a luz da aurora.
Desmonto-me por dentro, peça a peça,
etiquetando-as cuidadosamente
uma por uma, separadamente,
a fim de que depois nada me esqueça.
A pente fino me analiso todo,
desde a cabeça aos pés, sem descurar
meus sentimentos em particular.
E verifico que apesar do lodo
que em todo o ser humano se constata,
o amor em mim todo este lastro mata!
João de Castro Nunes
soneto que desmonta
ResponderEliminarminha inspiração tão fraca
para responder
à declarada afronta
só Camões
ou Petrarca
abraço
Onde acaso o meu Amigo
ResponderEliminarpossa alguma afronta ver
queira ficar a saber
que é elogio o que eu digo!
JCN
Com Petrarca e com Camões
ResponderEliminareu por vezes me comparo,
fique sabendo, meu acro,
sem nenhumas restrições!
JCN
Ele há cada poeta, meu Amigo,
ResponderEliminarque é de a gente fugir a sete pés:
ler os seus versos, mesmo de través,
só mesmo por efeito de castigo!
JCN