O
mundo sabia de cor, a cor da dor de quem nunca teve a sorte de nascer
imperador. O peixe era doce e cru. A beterraba avinagrada. A vontade de
ser feliz era tanta como a tua agora que acabas de nascer. O jejum era
dos pobres que o faziam dia após dia.
Vizinhos da vida viajaram sem regresso com um sorriso que não esqueço.
O homem mata o homem e nunca sabe porquê. Bendita a memória que me assombra neste dia que nasce outra vez.
À laia de comentário, deixo-lhe este soneto:
ResponderEliminar*
Renascer em cada dia
O dia de amanhã seja o começo
de uma nova existência sem lembrança
de funestos pesares, cujo preço
já com juros paguei, feita a cobrança!
A vida de raiz principiemos
em cada novo dia, na ilusão
de ser sempre o primeiro que vivemos
com redobrada força de emoção!
Por esta forma nunca se envelhece,
pois tudo aquilo que nos acontece
terá sempre o sabor da novidade.
Não conferindo aos anos importância,
a sensação vou tendo, em cada idade,
de ainda e sempre me encontrar na infância!
João de Castro Nunes
Esse poema deveria estar na página principal! Muito bonito, JCN.
ResponderEliminarSinto-me homenageada. Muito obrigada.
"O mundo sabia de cor, a cor da dor de quem nunca teve a sorte de nascer imperador."
ResponderEliminarfosse o peixe Imperador
outra seria a cor
da dor
beijo
é verdade, Platero!
ResponderEliminarObrigada. Beijo
Tudo na vida é questão
ResponderEliminardo colorido que tem:
o que importa é que ninguém
perca a sua percepção!
JCN