segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Para venir a lo que gustas has de ir por donde no gustas



Para venir a gustarlo todo

no quieras tener gusto en nada.

Para venir a saberlo todo

no quieras saber algo en nada.

Para venir a poseerlo todo

no quieras poseer algo en nada.

Para venir a serlo todo

no quieras ser algo en nada.

Para venir a lo que gustas

has de ir por donde no gustas.

Para venir a lo que sabes

has de ir por donde no sabes.

(…)

Cuando reparas en algo

dejas de arrojarte al todo.

Para venir del todo al todo

has de dejarte del todo en todo,

y cuando lo vengas de todo a tener

has de tenerlo sin nada querer.

En esta desnudez halla el

espíritu su descanso, porque no

comunicando nada, nada le fatiga hacia

arriba, y nada le oprime

hacia abajo, porque está en

el centro de su humildad.


Juan de la Cruz

6 comentários:

  1. O "para vir ao que gostas hás-de ir pelo que não gostas" evoca também a importância da obediência na espiritualidade, seja ela a dos conselhos evangélicos, seja a da obediência a um guru, etc. E é, talvez, um dos preceitos mais difíceis, porque se opõe directamente à talvez mais forte tendência no humano: a vontade de poder ou potência... Para "Deus sobe-se descendo" como diria S. Francisco Xavier. Este descer em compasso binário: descer a si e esvaziar-se de si...

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  2. faz muito lembrar Álvaro de Campos(?)

    não sei - gostei muito
    obrigado

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  3. Para subir até Deus
    há que primeiro descer:
    quantas vezes os troféus
    o prémio são de morrer!

    JCN

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