sábado, 22 de outubro de 2011

finalmente OUTONO

Já recolheu a roupa?
está aí a chuva

já estendeu as mágoas

no quintal
na varanda
na mansarda?

para as lavar
deixá-las como novas

estão aí
as águas

53 comentários:

  1. Para lavar tanta mágoa,
    caro Poeta e Amigo,
    o tempo não traz consigo
    a precisa carga d'água!

    JCN

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  2. Venha ela quando vier,
    a chuva a mim não me afecta:
    não tenho para colher
    trigo, feno ou malagueta!

    JCN

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  3. a sujidade interior
    não há chuva que a remova
    nem o dilúvio maior
    por muitos dias que chova

    ao meu "bom rival"
    sobretudo amigo

    JCN

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  4. Sim, sem dúvida, nem mesmo a água salgada engolida em golfadas! è preeciso um exorcismo ou mesmo um purgante anímico...haja esperança para a limpeza interior :)

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  5. As almas neste país
    andam tão despudoradas
    que nem mesmo um chafariz
    as consegue pôr lavadas!

    JCN

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  6. nem sabão nem detergente
    nem deixando-a de barrela
    - há alma de tanta gente
    mais suja do que panela

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  7. Pois deixo aqui um blog que ensina a retirar nódoas em várias superfícies :) http://www.nodoas.com/

    com o acrescento :)

    A almas sujas a que nem purga valha,
    Só basta deixarem-nas na Vida rolarem, maculando-se ao macularem,
    Quem lhes cai na calha...

    Bom Domingo, que hoje chove, mas há roupa que nem num Dilúvio Divino se purgavam...

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  8. "Rival" não me considere,
    pois não passo de aprendiz:
    se por colega me quere,
    já me dava por feliz!

    JCN

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  9. Cara Doutora, permita
    que esta quadra lhe transmita:

    Deus nos livre do contágio
    com as almas maculadas
    e nos conceda o apanágio
    de as mantermos expurgadas!

    JCN

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  10. Sua Sumidade já deveria saber que não me pode designar por Doutora, pois Doutora não sou, pois ainda não acabei o Doutoramento, mas mesmo que o tivesse acabado, não quero aqui ser intitulada como tal, pois não faço parete da dinâmica do luso quintal...

    Voltando ao tema :)

    Da maculação Deus Trata com severidade,
    Se não for num ou noutro ano, certamente será na Eternidade...
    Cada qual que se expurgue a si,
    Que já muito terá de limpar,
    O Caminho é solitário,
    E cada passo nele dado,
    Deus Fará questão de o/a responsabilizar...
    Logo, da lógica das indulgências profanas, laicas e/ou pseudo-religiosas Deus Está Fartinho, qualquer dia, Zanga-se a sério e manda os indulgentes penar...:)

    IMCAMM

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  11. erro da pata :) parte; e por cada passo...:)

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  12. Pelo que me diz respeito,
    Deus o saco já me encheu,
    só faltando, com efeito,
    que me negue o próprio céu!

    JCN

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  13. Negado não está o Céu para quem o saco encheu, pois isso só é sinal da Consciência que Deus lhe deu...
    Só os pobres de espírito não se fartam deste mundo imundo onde passa por vivo o moribundo e por defunto quem detém o pulso a pulsar por querer, simples e livremente, vislumbrar o Mar :)

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  14. A sua prosa me agrada,
    cara Senhora, pois tem
    na sua forma apurada
    algo de verso também!

    JCN

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  15. Trouxe o outono chuva em demasia,
    os campos alagando e as cidades
    e guerra declarando à poesia,
    que não se da com tais calamidades!

    JCN

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  16. Esperemos que em breve o sol retorne
    a brilhar entre nós por mais uns dias
    a fim de que todo o país se adorne
    de rosas outonais nas moradias!

    JCN

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  17. balanço ENERGÉTICO

    cá na minha
    vou gastar agora no Inverno
    o dobro
    o triplo
    em aquecedor

    do que poupei
    no Verão
    em ventoinha

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  18. Há que aprender a poupar,
    não gastando em demasia:
    eis a regra elementar
    de uma boa economia!

    JCN

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  19. aquilo que a gente poupa
    no que mete na barriga
    gastamos depois em roupa
    -desculpe lá que lhe diga

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  20. Sempre fica mais barato
    mandar a roupa encurtar
    do que mandar alargar
    as componentes do fato!

    JCN

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  21. E, ontem, rolando pela chuva, lá vi o Mar... estava Lindo, Indomável, Revolto, Majestoso, quase a marginal a assaltar- já lá levei com uma onda transbordante que quase nos fez por carro surfar :)
    Poupemos na matéria, reciclemo-la pelo Mar, voltemos a uma época em que à carência do concreto haja reconstrução de Afectos a transbordar...

    PP :) o que a adoração da matéria fez aos Afectos, meu Cosmos!

    Nem a propósito- estou a ouvir ao longe um deputado: "o que nós estamos aqui a discutir vai muito além" de qualquer coisa...pois é - mal sabe este senhor que O que se Está mesmo a Discutir Transborda as paredes de palacetes ou condomínios de luxo por onde gostam de se perambular, pois são as animae de todos que Alguém Está sempre a Julgar, Alguém que Adora o Mar, Que, se calhar, mais não É do que a junção de Todas As Suas Lágrimas por todas as atrocidades cometidas por uma espécie maléfica (com honradas e dignissimas excepções...:)

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  22. Também,cara Senhora, eu quero crer
    que o salso Mar, tão vasto como os Céus,
    provém das grossas lágrimas que Deus
    vertido tem por tanto nos querer!

    JCN

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  23. Creia, douta Senhora, que os Afectos,
    na sua máxima expressão moral,
    são desde logo o tema habitual
    dos meus apuradíssimos Sonetos!

    JCN

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  24. Então, Sua Sumidade está ao alcance do Conceito de Amor (no sentido Ético :) que O Poeta Cantou (segundo Hélder Macedo, o mais Sublime seria para Aquele o Caritas Patriae, elaborando uma espécie de escala gradativa nos vários tipos da única Emoção que nos Eleva a Deus, ao Cosmos, whatever, seguindo a tradição helénica e até a Cristã no sentido de estar-se disposto a dar a vida pelo Outro, tendo como musas as tágides para tornar sublime o seu Canto devotado aos grandes feitos da Pátria que Amava...:)
    Quem Ama Protege, Põe-se à frente, serve de trincheira, caso seja necessário...
    Aqui fica um excertozinho que fui buscar à wikipédia, fazendo copy paste :) "

    4
    E vós, Tágides minhas, pois criado
    Tendes em mim um novo engenho ardente,
    Se sempre em verso humilde celebrado
    Foi de mim vosso rio alegremente,
    Dai-me agora um som alto e sublimado,
    Um estilo grandíloquo e corrente,
    Porque de vossas águas, Febo ordene
    Que não tenham inveja às de Hipocrene.


    5
    Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
    E não de agreste avena ou frauta ruda,
    Mas de tuba canora e belicosa,
    Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
    Dai-me igual canto aos feitos da famosa
    Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
    Que se espalhe e se cante no universo,
    Se tão sublime preço cabe em verso.”

    — Invocação às Tágides, Canto I, estrofes 4 e 5."

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  25. A minha Musa, Senhora,
    vive junto das estrelas,
    dialogando com elas
    desde a altura em que lá mora!

    JCN

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  26. Se Camões hoje vivesse,
    do meu jeito escreveria,
    pois segundo me parece
    temos certa analogia!

    JCN

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  27. Camões, mais do que Um Poeta, melhor- O Poeta- Era uma Alma Eviluidíssima, um Puro (no sentido Sublime :)- eu até creio que A SUa EScrita ERa psicográfica, mas isso são as minhas maluquices :))
    O Caritas Patriae, bem analisado, Ultrapassa em muito o Amor à Pátria...

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  28. breve estória que me parece ainda
    (volvidos cerca de 50 anos - meio século, poça)divertida
    Estava na tropa em Vendas -Novas, onde havia um Livro Branco que o pessoal utilizava à noite quando recolhia à Caserna para dormir.
    Sendo este cinzento recruta habitual utilizador do dito livro, foi um dia surpreendido com uma quadra popular toda ela pudor dedicada à sua pessoa
    e dizia assim:

    tu queres imitar Camões
    Camões não imitas tu
    porque o Camões não trazia
    as calças rotas no.......

    resposta logo após leitura
    :

    Camões não quero imitar
    senão arrumava as botas
    e quanto a ti vai levar
    onde eu tenho as calças rotas

    o meu antagonista era um tal Cerqueira, de Valença do Minho, com quem já me encontrei mais de uma vez e relembrámos esta efeméride no mínimo saborosa

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  29. Lá graça... tem! E não menor talento! Mas olhe que

    Camões não quero emular:
    ele é que seguramente,
    se vivesse no presente,
    me tentaria imitar!

    JCN

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  30. Desde o meu ponto de vista,
    se Camões vivesse agora,
    face à norma que vigora,
    seria um pós-modernista!

    JCN

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  31. Cara Senhora, se quer
    ver como eu vejo Camões,
    leia, se isso lhe aprouver,
    as minhas próprias versões!

    JCN

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  32. Lerei, mas, diga-me onde, FV, pois o seu link desapareceu (eu guradei-o lá no spot:) recuso-me a misturar Camões e a Sua Elevação a baixarias de caserna, para haver comunicação tem de haver Respeito...creio que o meu Pai tb fez a tropa em Vendas Novas e não o estou a ver a proferir algo desse nível, aqui ou noutro sítio qualquer...e por aqui me fico, Platero. Passem bem...

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  33. Se bem que poderia aqui postar uma das versões camonianas que eu e um Amigo tb de Literaturas nos divertíamos a subverter nos intervalos na sala de estudo, nomeadamente o "Alma minha gentil que te partiste....", mas isso é só para Amigos e eu já não os estou aqui a ver...c´est dômage, mas sempre teremos a Interculturalidade em vez de Paris,, que tb passa pelo Respeito...aliás, até pela Gratidão, mas essa é para Almas Camonianas, que sabem bem o que é o Amor Universal (Agapé :), para o resto, nem vale a pena descrever-lho, pois nem entenderão...

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  34. Fica só mais o registo da incongruência total entre a teoria que advogada e a prática maculada...nada de novo, portanto...

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  35. Não se demita, Senhora,
    que faz falta o seu critério
    para dar um tom mais sério
    à versão de que é autora!

    JCN

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  36. Luís Vaz de Camões, cara Senhora,
    acima está de todos os gracejos:
    seu nome inscrito está nos azulejos
    da fama augusta a que Ele se alcandora!

    JCN

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  37. Há poetas e poetas
    de várias categorias,
    predominando os patetas
    que surgem todos os dias!

    JCN

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  38. Isabel Metello

    grato imensamente pela generosidade
    da senhora em frequentar espaço em que voluntária
    e atrevidamente se meteu

    a que baixaria de Caserna se refere?:
    a eu ter mandado o outro camarada levar onde eu tinha as "calças rotas"?

    tanto pudor, senhora
    que candura

    Além do mais - quem a convidou a ler e manifestar-se sobre as coisas que eu escrevo num espaço que em princípio me pertence?

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  39. Platero, aqui volto pela réstia de Respeito que me merece, frisando que não apreciei a descida de nível (tenho esse direito como interlocutora ou o Presidente da Junta não o confere a alguém que não a si próprio? :). Gosto de debater com base na civilidade e em conceitos e de forma escorreita, ortodoxa...Mas citando-o : " (...)coisas que eu escrevo num espaço que em princípio me pertence?" Pertence-lhe? Tem a escritura? Olhe, a análise do reverse speach aqui ficaria a matar- mas concebe um post como a sua horta, isto é um pedaço de terra do qual é proprietário, o qual regista com o possessivo em forma de CI? Não, quem é livre sabe que as suas palavras, uma vez ditas, num espaço que se autoproclama como polilógico, advogado da anulação do eu pelo tudo que é nada que se difunde na imensidão da energia cósmica que une todos os seres pelo Amor Universal passam a não ser suas, mas de todos, i.e., caso estes saibam discutir conceitos.Ou, afinal, é só assim na teoria? Olhe, já estou como o FV...Meeeesssssssssssstre, Magister dixit et Aliī discipulī tacent...Platero, essa não é a minha concepção de espsços de diálogo e não, não sou uma flor de estufa, mas não aprecio linguagem rasteira, pronto.Só se for em estrangeiro, par example, en Français ou mesmo em Italiano ou Inglês (em Chim~es, então, é o máximo, pois não se percebe algo que seja, seja em Mandarim ou em Cantonês ou noutro dialecto qualquer...:), fica menos cru e nu.Mas há um fenómeno muito interessante que eu tenho analisado na net- que é o não dito muito mcluhaniano. Revela-se muito interessante numa análise discursiva, a sério! É que o não dito está muito associado ao prescrito e prescrita está a minha presença aqui. Posso, Master?

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  40. Aliás, prescrita e proscrita :) Felicidades na busca do Nirvana- Ele anda por aí, como os pirilampos, o mais difícil é saber apanhá-lo com uma rede tão larga...
    Arigato e sayonara!

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  41. Que grande desaguisado
    por motivo de Camões:
    deixem-se lá de razões,
    pondo as quezílias de ladO!

    JCN

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  42. Parece que os litigantes
    deram a casca por pouco:
    um ficou mudo, outro rouco,
    desavindos por instantes!

    JCN

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  43. o pudor é como o sal
    :
    se a gente o toma a preceito
    sabe bem e não faz mal
    se em excesso rebenta o peito

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  44. Eu pelo sim pelo não
    como a comida sem sal:
    deste modo o coração
    não sai nunca do normal!

    JCN

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  45. Platero, se soubesse o que está em causa até à face lhe subiria o rubor! Não é pudor, é estar farta! São muitos anos no mesmo- estar-se a falar de uma ssunto e de repente o ionterlocutor muda o contexto de forma estranha...Como me dizia um Amigo meu hoje: já cheguei a um ponto que o melhor é o total isolamento do mundo. Se calhar exagerei, mas vá lá ao meu spot ver por que estou fartinha e há momentos para tudo, até para cortar laços com espaços com os quais já não nos identificamos, até por Respeito para com vocês- não tenho muito jeito para fazer de corpo presente, não sou politicamente correcta, não pertenço a rebanhos, não me guio pela mente alheia, sigo o meu percurso solitário, se me sinto respeitada fico toda feliz, quando me sinto desrespeitada é mais forte do que eu- é um estímulo condicionado- é o sino do Cão de Pavlov .Preciso de Paz e esta não se alcança neste tipo de diálogos, muito pelo contrário. O meu perfil não ajuda a tomarem-me como par, eu sei, e quando a minha intuição me diz que vai-se dar um remake, ponho a carapaça e pisgo-me...enough is really enough! Toda a gente tem os seus limites!Posso ter todos os defeitos e mais alguns, mas sou autêntica e é essa autenticidade que me faz romper com o que me magoa...já o fui o suficiente e calhou-me em sorte ter uma hipersensibilidade que me torna ainda mais atenta, sei lá eu...o que sei é que quero estar no meu canto...não perderão nada com a minha ausência, muito pelo contrário, pois talvez seja mesmo isso- eu já estou tão afastada do convívio no sentido lato que não quero voltar a sentir o que este me fez, pois magoa-me ainda, ainda que eu diga que não, magoa sempre mais...pronto é isso...

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  46. ISABEL

    dedico-lhe poeminha que acabo de escrever. Ver se gosta
    :

    amigo
    estou sózinho
    comigo
    ao postigo
    da vida

    há uma briga
    lá fora
    e vendo bem sou eu que brigo
    contra migo

    sou eu que brigo
    contra migo
    e espreito a cena
    estarrecido
    pelo postigo

    quer maior solidão? ou a sua é maior? um beijinho

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  47. Solidão por solidão,
    cada qual sabe da sua:
    não há pior condição
    que andar sozinho na rua!

    JCN

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  48. Andar sozinho na rua
    no meio da multidão
    é como sentir paixão
    ente os astros pela lua!

    JCN

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  49. Corrijo, na quadra anterior, "ente" por "entre". JCN

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