sexta-feira, 20 de maio de 2011

"Nem uma coisa boa é tão boa como nada" (F F.)

Dino Valls, "Mutus Liber", 1996

Na espada da ousadia, e no garbo de seu manejo, aqui deponho em colagem, com as mãos ainda enregeladas de seu arrepiante bisturi de beleza e de verdade, palavras, caídas como folhas prematuras, de certo ferrolho não imigo, entreaberto em seu mesmo fechar-se[-me] :

"Nem uma coisa boa é tão boa como nada".

Talvez porque "só os frívolos não julgam pelas aparências".

“Apanha [pois] o cavalo vigoroso do teu espírito” ...



(... faustas palavras!)

2 comentários:

  1. A liberdade de ousar, sem espada e com flores de silêncio nas mãos (nada, portanto), diz (me):

    “Vigiai e escutai, solitários! Sopros de adejos secretos chegam do futuro, e a ouvidos apurados chega uma fausta mensagem.”

    Talvez que: “ A minha pobreza reside[a] em que a minha mão nunca se cansa de dar, a minha inveja são os olhos que vejo esperando, e as noites vazias do desejo. Eles recebem de mim; mas, acaso lhes tocarei eu sequer a alma? Entre dar e receber há um abismo; e é muito difícil transpor o mais pequeno abismo.”

    Junto-me, respeitosamente, à mesma justa ideia que o post aqui evoca e convoca. Grata.

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  2. Belíssimo Mutus Liber. Belo! Belo!

    Sorrio-te meu Irmão.

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