Permaneço no jardim imóvel do silêncio.
Nada me olha. Nada me fala. Embora procure
Escutar aquela voz que se ouve, ao longe, escondida,
Em derredor das orelhas do mundo,
Que também são as minhas e de alguns dos meus pares.
Permaneço na aprendizagem serena do silêncio,
Imersa no silêncio súbito da Terra. O meu corpo está calado.
Só se ouvem as vozes ermas dos campos,
No calor parado da tarde, que sempre me aquece.
Tudo o resto é supérfluo. Desfaz-se na calma
Do silêncio que me acompanha nesta minha peregrinação
Tão efémera. Até quando? Até que a Vida pereça?
Até que a Morte me leve? Até que as palavras secas
Me reduzam ao nada? Até que o meu corpo se desfaça
No mesmo pó que o ergueu?
Não vale a pena procurar outro Céu ou outro Inferno!
IR, 27/01/2011
.
Nada me olha. Nada me fala. Embora procure
Escutar aquela voz que se ouve, ao longe, escondida,
Em derredor das orelhas do mundo,
Que também são as minhas e de alguns dos meus pares.
Permaneço na aprendizagem serena do silêncio,
Imersa no silêncio súbito da Terra. O meu corpo está calado.
Só se ouvem as vozes ermas dos campos,
No calor parado da tarde, que sempre me aquece.
Tudo o resto é supérfluo. Desfaz-se na calma
Do silêncio que me acompanha nesta minha peregrinação
Tão efémera. Até quando? Até que a Vida pereça?
Até que a Morte me leve? Até que as palavras secas
Me reduzam ao nada? Até que o meu corpo se desfaça
No mesmo pó que o ergueu?
Não vale a pena procurar outro Céu ou outro Inferno!
IR, 27/01/2011
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