sexta-feira, 22 de abril de 2011

SEBASTIÃO



Destapando a caixa de cartão amarelo, cinco tostões de ideias e uma revoada de recordações com abecedário obscuro, “Los recuerdos de los muertos sucios”, corpos amarelos nadando nas águas apapeladas. Será impossível opinar sobre estes artefactos da sua saída díspar para a gramática concisa e razoável, penso isto ser a certeza, no continuo absorto em psique de casulo, onde os intentos dum lepidóptero quedam manietados para sempre, recordações singulares e universais. O conjunto do que perfaz o minimamente estrutural foi despersonalizado numa batalha contra figuras saídas das descrições de epilépticos. Sagrado escrito pelo que a biga de Apolo atropelou, não estava escrito nos papéis que trazia nos bolsos mas impresso nessas intentos queimados por pontas de cigarro. Daquela árvore onde se sombreava do sol, ficaram garrafas de vinho e histórias de quem não pode mais retornar. É a lição da existência, professorando o existente, o intento passado a limpo num acto de súbito embrulho.
Esse Deus que vós sois
Se nem o ouviram, as entradas e saídas amarrotadas por panteras raivosas, não obstante se altivariam do mais puro belo no propósito do que somos agora ou depois, tristes e eternos, numa nova acepção da palavra do antes. Onde por baixo de tais dogmas assinamos com o orgulho cómico de alguém a rir por causa de coisa alguma em tempos que se apresentam ao mundo completamente esmigalhados de pão com saliva seca.

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