sábado, 26 de março de 2011

“Nada é inacessível no silêncio ou no poema.
É aqui a abóbada transparente, o vento principia.
No centro do dia há uma fonte de água clara.
Se digo árvore a árvore em mim respira.
Vivo na delícia nua da inocência aberta.”
...
António Ramos Rosa

3 comentários:

  1. (Grata, Rui, por este som, esta lembrança...)

    Na dolente nota do dia claro
    O vento acorda o astro incendiado.
    Germinam no silêncio: ramos, pássaros e folhas
    Florem abóbadas de sombra da árvore do poema
    Respiro o campo aberto das palavras
    Digo que o centro é, na árvore, a casa original,
    O barco navegável do ar que respiro
    Sôfrega sede do mundo, a nua voz do vento.
    Inacessível fora do Aberto
    Da Voz que, em surdina, canta a inocência:
    A flor silente da mais extremada Alegria.

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  2. Lindo, lindo, lindo. Grata por esta floresta de música, pelas palavras, pelas imagens, pelas Árvores.

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  3. nenhumnome, Glimpse, um abraço!

    Muito grato

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