sábado, 20 de novembro de 2010

MENTES PÁLIDAS


Há um Espírito errante que nos percorre,

Que cobre as nossas faces desprotegidas,

Que invade a nossa morada

Nunca a salvo de qualquer perigo.


Por entre a seiva da Vida

Corre o esgoto

Das mentes pálidas,

A podridão do horror,

O enfado do tédio,

A escuridão, cega e surda,

Das franjas deixadas ela inveja.


Despimo-nos do tédio,

Enfrentamos as multidões, dispersas,

Invisíveis aos olhos maledicentes

Das bocas preservas.

Agouros pronunciam,

Em nome do desespero egoísta

Que lhes corrói as entranhas.

Isabel Rosete

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