olha-te para lá do verbo
sê livre como um livro a galgar caminhos
como as águas rebentadas de uma gravidez
não queiras ser suporte de uma lâmpada
nem a luz redonda que fica no chão do teatro
escreve o nós como se o nós
fosse a vida diante do espelho
ou como aquele profeta que foi à morte e voltou
apenas com o pretexto de repetir a cena
caminha para o poema
pelo centro da dor das palavras
agita-as numa vontade de mar
até veres no fundo da música
os pássaros brancos
***
Vejo que nunca te disse como escuto música e, fico assim, a pensar nessa forma de caminhar, quando não me vês, de poder tocar-te sem que me sintas e, por vezes a escrever-te longas cartas em mar alto. Este quadro preso por trás de ti, sensibiliza o arrepio de saber o sabor-a-ti nos teus instantes de lembranças, tão objetivos a escorrer pelos traços negros e finos. Ouve-me com teu corpo? Ouve-se a música. Pinto os meus quadros quando escrevo-te inteira na palavra intocada sem restringir tudo o que não se esquece, como aqueles pássaros de água na qual pintaste com dedos, contornando as asas como quem depositas segredos. É assim que crio os alicerces, pelas páginas que me dedicas. Nada como amanhecer em chuva e, perceber que no pensamento arrisca distraidamente o que não cabe nas entrelinhas; o casulo onde me recrias.
(dueto)
LINDO
ResponderEliminarabraço GRANDE
Ora cá está um dueto que pode ser um "milhioneto", sem questionar!...
ResponderEliminarTambém vejo os pássaros brancos no fundo da música!
Sorrio-te Flávio!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarhahahaha!!!!
ResponderEliminarRi a bom rir, Fausta!
Obrigada.
P.S. Estás a ficar um bocadinho valsâmica, a piar e a voar "vaixinho". Deve de ser do nevoeiro...
Deixa lá!
Sorri e abre o "ferrolho" ou fecha-o, já que de lá vêm aromas pouco gentis e mais gentios, diria!
Abraço, rapariga mal disposta!
(Desculpem. Onde se lê "bocadinho" deve ler-se "vocadinho". Eu gosto mais de "vocadinho" é tão engraçado!!!
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ResponderEliminarAhahaha!!!
ResponderEliminarDemais!! Eras tu, então?!´
P.S. Deixa lá, Fausta, desculpa não conseguir zangar-me contigo, mas devo confessar que já te tive em maior estima! Não gosto do teu desfolhado!
Sempre gostava que voltasses um dia à minha cabeça!! Era um sonho que eu tinha, não sei! :))
Um abraço, Fausta, e não é verdade que devas abrir ou fechar o "Ferrolho". Por mim, és livre de fazeres o que queres. Se é entortar o olhos, pois, não receies! Fá-lo sem hesitação, ou com ela...
Fazes cá "fausta"! Falta, perdão! falta!
:)))))))))))
Beijo
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