Seja por sóis, relógios ou úteros,
tudo quer andar aos pares
para poderem sentir a metade
o tempo que passa.
Somos queda livre com asas,
peixe de grilheta nas guelras.
Mesmo em tacho com pepitas de parmesão
vamos mirar de lado o outro
no seu cintilante lagar donde queremos morrer;
mesmo conquistado o jogo do sonho,
absorvendo toda a venalidade da beleza
que um tubo de escape emana;
mesmo envelhecendo a amar-te
a cada novo seguinte segundo
num limbo de novidade infinita;
comovendo genocídas,
empurrando suicidas;
mesmo silenciado pela aceitação do sempre
todo ele trespassa perante nós
como uma primeira vez perfeita.
Então, se o sabes
e gozas com sua cara marreca e sem sorte,
porque deixas que sequer te toque ao de leve?
Oh tu
que tens o privilégio de um dia deixar de respirar,
deixar de observar o repetitivo e o mutável,
deitada em hábitos,
tapado pelas manias,
coberta de prazeres,
enterrado na luta subjulgada dos sentidos!
Que tudo seja o que será
para fazeres de ti quem és!
WWW.YOUTUBE.COM/SOUTODABOA
tudo quer andar aos pares
para poderem sentir a metade
o tempo que passa.
Somos queda livre com asas,
peixe de grilheta nas guelras.
Mesmo em tacho com pepitas de parmesão
vamos mirar de lado o outro
no seu cintilante lagar donde queremos morrer;
mesmo conquistado o jogo do sonho,
absorvendo toda a venalidade da beleza
que um tubo de escape emana;
mesmo envelhecendo a amar-te
a cada novo seguinte segundo
num limbo de novidade infinita;
comovendo genocídas,
empurrando suicidas;
mesmo silenciado pela aceitação do sempre
todo ele trespassa perante nós
como uma primeira vez perfeita.
Então, se o sabes
e gozas com sua cara marreca e sem sorte,
porque deixas que sequer te toque ao de leve?
Oh tu
que tens o privilégio de um dia deixar de respirar,
deixar de observar o repetitivo e o mutável,
deitada em hábitos,
tapado pelas manias,
coberta de prazeres,
enterrado na luta subjulgada dos sentidos!
Que tudo seja o que será
para fazeres de ti quem és!
WWW.YOUTUBE.COM/SOUTODABOA
Há situações em que me sinto como que obrigado a deixar de escrever o que possa ser tomado por aquilo a que chamamos poesia.
ResponderEliminarante a qualidade deste texto, não apetece outra coisa que não seja renunciar de vez
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarO que significa mesmo "renunciar de vez"?
ResponderEliminarUm adeus? Ou é só uma metáfora?
renunciar de vez não será uma redundância? uma tautologia?
ResponderEliminarnão interessa. quero dizer é que apetece desistir.
beijinho
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar"all words are sacred
ResponderEliminarall prophets are true"
a.c.