sábado, 11 de setembro de 2010

As viagens são múltiplas,


Os caminhos diversos.

Os do Ser, os do não-Ser,

Os do Nada, os de qualquer

Coisa presente, existente…

Ou, simplesmente, imaginada.



A metamorfose e a mudança

Comandam o Mundo.

E o Ser não permanece mais

Na sua imutabilidade originária.



As sombras, as aparências,

Os sonhos, as ilusões…

Ofuscam o olhar

Dos que querem ver a essência,

O miolo sedoso de um pão bolorento

Que pode conter o Tudo.



A Identidade perde-se.

Somos o mesmo rebanho.

Corremos na mesma direcção

E já nada identificamos com

A precisão adequada.



A amalgama do mundo

Corre nas nossas veias!

E o resto? Puros reflexos

De espelhos vazios!



Isabel Rosete

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