Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
-voo-
Fui rocha em tempo e fui no mundo antigo,
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda espumei,
quebrando-me na aresta do granito,
antiquíssimo inimigo...
Rugi, fera talvez,
buscando abrigo
na caverna que ensombra urze e giesta;
O monstro primitivo,
ergui a testa no limoso paúl,
glauco pascigo...
Hoje sou homem e na sombra enorme
Vejo, a meus pés,
a escada multiforme,
que desce em espirais,
da imensidade...
Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo,
adoro,
E aspiro unicamente à liberdade.
Antero de Quental, Evolução
VOU
ResponderEliminarde pássaro
beijinho