sábado, 24 de julho de 2010

Quem somos quando nada fazemos mas estamos presentes?

"Em termos do sentimento individual de quem somos, a maioria de nós identifica-se fortemente com os papéis que desempenhamos na vida quotidiana, por exemplo, pais, esposos, filhos, estudantes ou pessoas numa certa profissão. Tais papéis são importantes e eles definem-nos nas nossas inter-relações sociais. Mas, tirando as nossas relações específicas com outras pessoas e os tipos de actividades em que nos envolvemos regularmente, o que fica? Quem somos nós quando nos sentamos calmamente nos nossos quartos, nada fazendo mas estando presentes?"

- B. Alan Wallace, Mind in the Balance. Meditation in Science, Buddhism and Christianity, Columbia University Press, 2009.

4 comentários:

  1. É difícil sentar-me calmamente no quarto sem nada fazer... Os olhos procuram a janela, as mãos vão ao encontro de um comando de televisão, o estômago reclama por mais comida, a mente engendra planos e prazos para cumpri-los e de repente já me encontro fora de casa ocupado por uma actividade qualquer. Enfim... sou um escravo do desejo.

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  2. interroga-mo-nos
    (porque é que o "corrector" dá correcto desta forma e errado desta:
    "interrogamo-nos"?
    - que é como eu presumo que está certo?

    quem está errado?- explicam-me?)

    acabo de dar por que ao vestir calção, calça, cueca enfio invariavelmente primeiro a perna esquerda.

    será isto importante? Nada em absoluto, claro. De qualquer modo, uma pequena descoberta

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  3. quem sou eu para dizer o que sou quando estou presente? o nada que agora canta/o céu que se escapa na garganta/sou o azul que não conheço/o desejo que tudo aceita
    quem sou eu, se não em conheço!

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  4. Nada,
    sempre somos em algo
    ou alguém.

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