Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
(do Conto de Saramago - Coisas - do livro Objecto Quase) :
"- posso ver o sofá? o enfermeiro abriu uma porta translúcida: -está ali o sofá era comprido, de quatro lugares, já com sinais de uso, mas em bom estado geral. -quer experimentar? - perguntou o enfermeiro o funcionário sentou-se -então? - é muito desagradável de facto. Vale a pena o tratamento? -estou a aplicar injecções de hora a hora. Por enquanto não noto diferença. E está na altura de outra injecção. preparou a seringa, aspirou para dentro dela o conteúdo de uma grande ampola e espetou rapidamente a agulha no sofá. - e se não ficar bom? - perguntou o funcionário ............................................................................................"
as pessoas sérias, concretas, pão-pão-queijo-queijo, honestas, esclarecidas, líderes políticos - o mínimo que condenam no autor é o não saber escrever
de facto, nem todo o leitor estará na disposição de aceitar que um sofá tenha febre, e seja necessário recorrer a uma equipa médica para tentar devolver-lhe a saúde original.
mas só quem pensa o absurdo tem legitimidade para tentar mudar o mundo. E alguns, poucos, políticos de tamanho mundial já se aperceberam disso. Acham é que ainda não é oportuno desencadear o golpe.
" noutras ocasiões, e foi também o que o médico disse, seria um caso de febre. - bem, não é inédito. Há dois anos soube de um caso igual. Um amigo meu teve de devolver à Fábrica um sobretudo quase novo. Era impossível aguentá-lo vestido.........................................."
É verdade.
ResponderEliminarE porque é que quer alimentar ilusões? Porque é que nos convida a isso?
ResponderEliminarEstamos (quase) sempre a alimentar ilusões.
ResponderEliminar(do Conto de Saramago - Coisas - do livro Objecto Quase)
ResponderEliminar:
"- posso ver o sofá?
o enfermeiro abriu uma porta translúcida:
-está ali
o sofá era comprido, de quatro lugares, já com sinais de uso, mas em bom estado geral.
-quer experimentar? - perguntou o enfermeiro
o funcionário sentou-se
-então?
- é muito desagradável de facto. Vale a pena o tratamento?
-estou a aplicar injecções de hora a hora. Por enquanto não noto diferença. E está na altura de outra injecção.
preparou a seringa, aspirou para dentro dela o conteúdo de uma grande ampola e espetou rapidamente a agulha no sofá.
- e se não ficar bom? - perguntou o funcionário
............................................................................................"
as pessoas sérias, concretas, pão-pão-queijo-queijo, honestas, esclarecidas, líderes políticos - o mínimo que condenam no autor é o não saber escrever
de facto, nem todo o leitor estará na disposição de aceitar que um sofá tenha febre, e seja necessário recorrer a uma equipa médica para tentar devolver-lhe
a saúde original.
mas só quem pensa o absurdo tem legitimidade para tentar mudar o mundo. E alguns, poucos, políticos de tamanho mundial já se aperceberam disso. Acham é que ainda não é oportuno desencadear o golpe.
" noutras ocasiões, e foi também o que o médico disse, seria um caso de febre.
- bem, não é inédito. Há dois anos soube de um caso igual. Um amigo meu teve de devolver à Fábrica um sobretudo quase novo. Era impossível aguentá-lo vestido.........................................."
boa tarde para quem teve a paciência de nos ler
a certeza de que daqui a uma hora estamos vivos é uma ilusão... ó Flávio, arranja-me mas é uma garrafa de wisky barato e que se lixem as Irenes!
ResponderEliminaramén