Tudo começou há 15.000 milhões de anos com uma explosão de luz na noite do tempo. O Universo era um puré homogéneo em expansão de electrões, fotões, quarks, neutrinos e outras belas e exóticas partículas como os gravitões e os gluões.
Umas dezenas de microssegundos após esta explosão o universo era já um caldo primitivo de quarks e gluões e um quadragésimo de microssegundo depois, quando a temperatura já tinha descido um bilião de graus, os quarks uniram-se para gerarem os nucleões: protões e neutrões.
Foi um pouco como um pudim que se mete no forno: à medida que incha, as passas afastam-se umas das outras. Poeiras interestelares iniciaram uma dança em volta de embriões de estrelas, formando discos análogos aos anéis de Saturno, que pouco a pouco se começaram a unir constituindo estruturas rochosas de dimensões sempre crescentes, acabando por se aglomerarem em planetas. Um desses planetas, ainda incandescente, escapando inexplicavelmente às forças magnéticas que o sustinham num ponto exacto de uma galáxia, viu-se engolido num fino tubo de espaço-tempo – também conhecido como buraco de verme -, entrando num universo paralelo ligado ao nosso por um comprimento de onda que nos permite viajar no tempo.
A vida nesse planeta sem passado, presente ou futuro, não apareceu nos oceanos, como durante muitos anos se acreditou, mas sim em lagoas e pântanos – locais secos e quentes durante o dia, frios e húmidos de noite - nos quais longas cadeias de moléculas ficaram cativas associando-se espontaneamente em pequenas cadeias de ácidos nucleicos, formas simplificadas do ADN, que viriam a ser o futuro/ presente/ passado suporte da informação genética dos seres desse planeta.
Jajouka, assim se chamou/ chama/ chamaria esse planeta, nasceu da argila e os seres que nela habitavam/ habitam/ habitaram, eram compostos de poeira do meta big bang e continham neles toda a memória do universo.
É neste planeta que sempre existiu, existe, e nunca existirá, que foi concebido este espectáculo, que retracta A Arte na era do porquinho Babe.
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ENTRADA – Souflée de Mental Noise, servido akusmaticamente por Ilsa D´Orzac, acompanhado de esculturas metalizadas à lá Rui Chafes.
COUVERT – Sons eletrónicos marinados em laptop por D.W.ART
APETIZER – Strawb Rock au vapeur com voz de Bernardo Devlin
VEG DISH – Manifesto fresquinho com vídeo pedagógico e gritos de animais por Paulo Borges & Vítor Rua & Ilsa D´Orzac
CONSUMÉ – Performance apimentada por Carlos Zíngaro e Ainoah Vidal
PRATO I – Bateria cortada às fatias com facas por Marco Franco & Iana Reis
PRATO II – Contrabaixo salteado com piano preparado por Hernâni Faustino & Manuel Guimarães
VEG LYRIC – Canção com coração e alma por Rita Braga
FAST FOOD – Brain Waves com óculos de luz no forno por Karlheinz Andrade
DESSERT – Salada de sons improvisados com molho de performance regado em vídeo art por Vítor Rua & Carlos Zíngaro & Manuel Guimarães & Hernâni Faustino & Marco Franco & Ilsa D´Orzac & Sílvia Tengner
O Concerto foi uma VIAGEM ENERGÉTICA PELOS SENTIDOS.
ResponderEliminarCheia de VIBRAÇÔES EMOTIVAS/POSITIVAS e de um Fabuloso Gosto Estético!
QUALIDADE 200%
Ah! O Branco, o Preto, o Vermelho........ e os elementos, a água, o ar, o Akasha, etc., todos ali, servidos de bandeja neste Menu das Artes Electro-acústicas, movimentos ritmados de corpos, performances irrepetíveis e palavras sábias, sons que se misturam em jeito de provocação/acção, que nos envolvem e nos levam para o Universo.
Porquinho Babe e todos os animais (de palco e fora dele) OBRGADA é tudo e tão pouco o que vos posso dizer, no muito que senti!
Beijos
Cecília Melo e Castro