Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
-a caminho da cidade-
“… Vem comigo! Vou mostrar-te
o caminho que leva à Cidade do Sonho...
De tão alta que está, vê-se de toda a parte,
Mas o íngreme trajecto é florido e risonho.
Vai por entre rosais, sinuoso e macio,
Como o caminho chão duma aldeia ao luar,
Todo branco a luzir numa noite de Estio,
Sob o intenso clamor dos ralos a cantar.
…
Vistos dessa eminência, o mundo e as suas
sombras,
Tingem-se no esplendor dum perpétuo arrebol,
O mais estéril chão atapeta-se de alfombras,
Não há nuvens no céu, nunca se põe o Sol.
Nela mora encantada a Ventura perfeita
Que no mundo jamais nos é dado sentir...
E a um beijo só colhido em seus lábios de Eleita,
A própria Dor começa a cantar e a sorrir!
Que importa o despertar? Esse instante divino,
como recordação indelével persiste,
E neste amargo exílio, através do destino,
Ventura sem pesar só na memória existe...”
António Feijó, A Cidade do Sonho
lembro-me dos 'pézinhos' da minha filha. lembro-me igualmente de assustar-se com a areia da praia. como se não se pertence-se a este mundo. crianças. ab
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