quinta-feira, 29 de abril de 2010

O negócio das culturas e o ócio do essencial: o olhar do eremita

"O olhar do eremita tolda-se, recolhe-se mais ainda, a evitar todo este ruído que por fala é tomado. Sim, que a arte hoje vende bem, por isso se pode ser tolerante; a filosofia, nem tanto, donde estar em declínio de valor; as religiões constituem um grande investimento, qual nova expressão do capitalismo do século XXI; e a "exploração do homem pelo homem" é cientificamente desenvolvida em utilidades técnicas e robóticas que quase escravizam o homem com tanta cedência ao bem-estar... Culturas, pois, de interesses e de negócios bem periféricos àquele único ócio do essencial que converte o olhar do eremita ao lugar humilde de um silencioso e transfigurante acolhimento"

- Carlos Silva, "Vocação eremítica e diálogo intercultural - do único e sua diferenciação", Cultura ENTRE Culturas, nº1 (Lisboa, 2010), p.47.

arevistaentre.blogspot.com

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