Da imensidade pacífica do mar elevam-se as ondas agitadas. Da imensidade morta do tempo destacam-se as horas vivas, que bailam em volta do Sol, com os Anjos e os Demónios.
O mar é a Eternidade, a onda é a hora. A onda exalta-se no seu bailado, endoidece e suicida-se de encontro às penedias. E o seu cadáver de espuma, coberto de flores, bóia sobre as águas em que, por fim, se dissolve. A onda regressa à intimidade calma do mar. A hora funde-se, outra vez, na Eternidade.
- Teixeira de Pascoaes
(...)
De tanto cantar
não resta da cigarra
senão a casca
- Matsuo Bashô
grato pelos dois momentos
ResponderEliminarabraço