segunda-feira, 22 de março de 2010

vislumbre


O despertar do coração

A jugular do tempo

Rasgada pelo punhal dissonante da atenção

Ao rubro o sangue dos começos

Precipita-se em fios cálidos

No chão impossível da continuação

Baila em ritmos alucinantes

O que de dentro não tem exterioridade

Nem se aprisiona em masmorras egóticas

O mundo um incêndio a perdição em alada antecipação

Do que não haverá por não ter sido

E as flores serão flores

À noite as estrelas virão como sempre

Alvoradas distantes

Anunciar o presente

4 comentários:

  1. "À noite as estrelas virão como sempre
    Alvoradas distantes
    Anunciar o presente"
    É lindo...

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  2. Gosto muito da fotografia que acompanha o texto. No CCB, peça da Joana Vasconcelos (?)


    Cumprimentos.

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  3. É da Joana Vasconcelos, sim. Uma obra que me fascinou principalmente por causa da forma como convivia com a luz.

    :)

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  4. Vislumbre, da luz, em contraluz.

    :)

    Abraço

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