sábado, 20 de fevereiro de 2010

porque as pedras também choram

e rolam até ao mar...

11 comentários:

  1. compreendendo agora o sentido mais intrínseco da ´revolução´ em Baal, pelo que hj li algures por aqui.

    um sorriso fraterno

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  2. "intrínseco" ou "intrínsico"? E se fosse... "intrinsêco"? JCN

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  3. OUVIR CHORAR A PEDRA

    (Ode pascoaliana)

    Ouvir chorar a pedra é como ouvir
    cantar estrelas pela noite além:
    apenas o Poeta e mais ninguém
    possui a faculdade de as sentir.

    Só ele escuta o choro do granito
    baixinho no deserto a desfazer-se em grãos de areia até desvanecer-se
    e regressar em névoa...ao infinito.

    Desde o mais trivial ao mais egrégio,
    Deus ao Poeta deu o privilégio
    de ouvir o pó da terra a soluçar.

    Tudo possui, no fundo, sentimento,
    tudo alma encerra, sem se exceptuar
    o duro e rude xisto pardacento!

    JOÃO DE CASTRO NUNES

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  4. Por ter saído desordenada, repito a segunda quadra do anterior poema, a saber:

    Só ele escuta o choro do granito
    baixinho no deserto a desfazer-se
    em grãos de areia até desvanecer-se
    e regressar em névoa...ao infinito.

    JCN

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  5. Fica para lá. Não há comboio. Pés em sangue, roupa rasgada e coração aberto. Poesia.

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  6. Deixar a natureza assim é bem mais bonita do que a transformar em lágrimas.

    Bela foto. Só foto sem culpar ninguém pela chuva, pelo vento, pelo sol abrasador, nem culpar os ricos pela pobreza dos pobres...

    Que feio, irmãos contra irmãos! Julgando e jogando uns contra outros!
    A pobreza de pão é, às vezes, um refexo da pobreza de espírito.
    Portanto pobre de espírito é pobre de Deus.
    Ser rico também não é defeito.
    Defeito mesmo é a pobreza de alma.

    Que apega as pessoas ao fútil e passageiro objeto da impermanência.

    Mas ao pobre cabe o privilégio de cultivar a compreensão e a suprema virtude da humildade.

    Quando porém se revolta, transforma um principio universal em ódio e cobiça.

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