quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

o outro é a coisa. a obra de arte

'o ar guarda a agitação, o sopro e a luz do ano passado, e não depende mais de quem o respirava. se a arte conserva não é à maneira da indústria que acrescenta uma substância para fazer durar a coisa. a coisa tornou-se desde o início, independente do seu 'modelo', mas ela é independente também de outros personagens eventuais que são eles próprios coisas-artistas, personagens de pintura respirando este este ar de pintura.(...) e o criador, então? ela é independente do criador, pela auto-posição do criado, que se conserva em si. o que se conserva a coisa ou obra de arte, é um bloco de sensações, isto é um composto de perceptos e afectos.'
gd

(a todos os criadores que 'abancam' na serpente)

12 comentários:

  1. É o seu propósito, o que o faz de ser e existir

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  2. Embora pertencendo a outra freguesia, também há lugar para mim, senhor BAAL?... JCN

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  3. jcn. a poesia é o outro deste mundo desgraçado. as parcas, que me teceram o destino, deram-me a revolta e não a poesia. o que não me impede de apreciá-la.

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  4. Também estou revoltada e não sei porquê.

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  5. Muito subtil, senhor BAAL, muito subtil! Nem cá nem lá: a meio pau.
    JCN

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  6. A meio pau o quê? A bandeira?

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  7. a meio pau o quê jcn? a luta, a revolta? condescendo que vida, em alguns dias, ande a meio pau.

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  8. A vassoura que varre o xão em meio andar
    De dever e de ser que é a terra a escarnecer
    de um tempo de alegoria em que vem um dia nascer

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  9. um dia haverá em que nem terra haverá, já estivemos mais longe. e aí nem magno, nem jardim, nem xão, nem vassoura... mas concordo que a humanidade precisa de uma grande vassourada.

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  10. ohh baal, a Terra sempre existirá, com ou sem humanidade,
    se com, que essa vassourada venha depressa e acorde os seres que se desseminam e se auto-destroem inconscientemente e progridem arrastando a humanidade nesse caminho, poucos são os que sobem as escadas para o céu de na nova terra caminhar, e muitos são aqueles que esperam para simplesmente flutuar...

    Na tua revolta caminhas
    e ascendes de andar em andar

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  11. Vê lá isso. Não queiras flutuar de andar em andar, pá.

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  12. baixa a bola fausta. flutuar de andar em andar não é para os revolucionários. não faltava mais nada.

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