Na serra perdem-se os caminhos
saltam-se muros
pelas pedras avança o rio
que é o céu correndo destinos
por entre musgos e minérios
as árvores são outonos
no coração o tesouro
de falos em flor os patronos
no templo, forno, gruta, anta
se alquimizam rostos sem rasto
a escuta dá-lhes o negro e o abrigo
e no denso nocturno cada gesto é oração
e do fundo onde é fundo irradia o Abismo.
Convento dos Capuchos, ao Entardecer
Bonito, Luiza
ResponderEliminarbeijinho
Que diriam... os capuchinhos... se não estivessem obrigados à regra do silêncio?!... Nem quero... imaginar! "Porra, senhor abade!" (Bispo do Porto). JCN
ResponderEliminarBonito.
ResponderEliminarSaudoso de algum tempo em algum lugar de remoto passado.
E que até neste momento gostaria de lá voltar.
ResponderEliminarSério, muito melancolicamente gostaria de ir aí.
Não, não sei quando nem onde foi.
Distante, muito distante distila mágoas de saudade, incerteza e a crença de não compreender, quando nem onde foi.
Uma tristeza infantil, uma saudade cega.
Mas sinto com o fígado que estive por aí, sem ser aí nenhum lugar no tempo nem no espaço.
E até chega a doer um poco.